Doze mandados de busca e apreensão foram cumpridos nesta terça-feira (11/06) na operação Livro Aberto, realizada pela Polícia Federal, e que investiga crimes que teriam causado prejuízo de mais de “4 milhões de reais” relacionados a contratos formalizados pela Secretaria de Estado da Educação da Paraíba no ano de 2018.
Entre os alvos dos mandados de busca e
apreensão estão o deputado estadual Branco Mendes (Republicanos) e o
ex-deputado estadual Lindolfo Pires (PP), atual secretário de Estado de
Juventude, Esporte e Lazer da Paraíba.
Apesar da operação se concentrar nestes
dois, a PF informou que outras pessoas também são investigadas.
Em nota, a Secretaria de Estado da
Educação da Paraíba informou que não tem posicionamento sobre a operação, já
que aconteceu em 2018, durante outra gestão.
Veja
quem são os investigados na operação Livro Aberto
*Artur Cunha Lima, conselheiro do
Tribunal de Contas do Estado
*Lindolfo Pires, ex-deputado estadual e
atual secretário da Sejel-PB
*Branco Mendes, deputado estadual
*Tião Gomes (PSB), deputado estadual
*Artur Cunha Lima Filho (PL),
ex-deputado estadual
*Edmilson Soares, ex-deputado estadual
*Genival Matias, ex-deputado estadual
(que morreu em 2020)
Conforme a PF, os suspeitos são
investigados pelos crimes de fraude em licitação, desvio de recursos públicos,
corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
Os mandados de busca e apreensão foram
expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça. Foi decidido também pela
indisponibilidade de bens, valores, dinheiro e ativos dos investigados visando
recompor o erário.
Na Paraíba, foram cumpridos quatro
mandados de busca e apreensão em Campina Grande, três em João Pessoa e um em
Lagoa Seca. Houve mandados também em Ponta de Pedras, que é uma praia do
município pernambucano de Goiana, e no município alagoano de Arapiraca.
A assessoria de imprensa da PF informou
que além de mandados de busca e apreensão em endereços de Branco Mendes e
Lindolfo Pires, houve buscas e apreensões em endereços ligados à empresa que
firmou contrato com o Governo da Paraíba em 2018, época em que o governador
ainda era Ricardo Coutinho.
Outros alvos foram empresas por onde o dinheiro
ilícito teria passado.
O
QUE DIZEM OS CITADOS
O secretário de Estado da Juventude,
Esporte e Lazer, Lindolfo Pires, se disse surpreso com a notícia da operação.
Confirmou que foi intimado a comparecer
a prestar esclarecimento, mas que não foi informado de que fato concreto e
objetivo a operação está tratando.
Ele explicou ainda que está em viagem a
Fortaleza e que no momento oportuno vai esclarecer tudo.
"É como diz o ditado: quem não
deve não teme".
Já o deputado estadual Branco Mendes
(REP) disse que está à disposição para cooperar integralmente com as
investigações e completou que tem a consciência tranquila de que não tem nenhum
envolvimento com os fatos mencionados na operação deflagrada.
Ele lembrou de
sua trajetória como vereador e prefeito de Alhandra e como deputado estadual
por cinco mandatos e disse que em todo esse tempo não responde a nenhum
processo criminal.
O deputado estadual Tião Gomes fez
questão de lembrar que está há 42 anos na vida pública e que sempre pautou a
sua trajetória política na coerência com a justiça e com a verdade.
Ele diz não possuir qualquer ato que
desabone a sua conduta em todo esse tempo, que não teve ainda acesso aos autos
e que em momento algum fui convocado ou intimado para prestar declarações
acerca de qualquer fato referente à operação.
Governador à época dos fatos, Ricardo
Coutinho (PT) declarou, por meio de seus advogados, que "não é
alvo dessa operação, portanto, não tem o que falar".
Os demais citados ainda não se
pronunciaram.
(Do g1 PB)
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