O paraibano Diego Falcão foi dispensado
neste sábado (22/06) da seleção feminina de basquete do Brasil após postagens
contra o aborto.
Ele era preparador físico e o
desligamento foi comunicado após uma reunião da Confederação Brasileira de
Basquete (CBB).
A dispensa aconteceu após a repercussão
das publicações nas redes sociais e dos pedidos das atletas.
Clarissa dos Santos e Damiris Dantas,
que são duas das principais jogadoras, foram chamadas e se posicionaram contra
a permanência de Falcão.
Além delas, outras atletas também foram
ouvidas pela CBB.
Após a repercussão, o ex-preparador
físico ganhou mais de 60 mil seguidores em 1 hora.
Falcão estava na seleção desde 2019,
quando chegou junto com José Neto, técnico da seleção feminina de basquete.
Neste domingo (23), Diego Falcão
agradeceu o apoio que vem recebendo e disse que em breve irá se pronunciar
sobre o caso. "Quero agradecer de coração a todos que me enviaram mensagens positivas,
ligaram e que manifestaram publicamente seu apoio. No início, foi muito difícil
assimilar tudo, mas o apoio de vocês me emocionou profundamente. Em breve, vou
falar com vocês, como sempre fiz na minha vida, me posicionar com clareza e
transparência. Obrigado por estarem ao meu lado nesse momento",
falou Diego em publicação no Instagram.
ENTENDA
O PROJETO DE LEI DO ABORTO
O Projeto de Lei 1904/24 equipara o
aborto acima de 22 semanas de gestação ao homicídio, aumentando de dez para 20
anos a pena máxima para quem fizer o procedimento.
O texto fixa em 22 semanas de gestação o
prazo máximo para abortos legais.
Hoje em dia, a lei permite o aborto nos
casos de estupro, de risco de vida à mulher e de anencefalia fetal (quando não
há formação do cérebro do feto).
Atualmente, não há no Código Penal um
tempo máximo de gestação para o aborto legal.
Na legislação atual, o aborto é punido
com penas que variam de um a três anos de prisão, quando provocado pela
gestante; de um a quatro anos, quando médico ou outra pessoa provoque um aborto
com o consentimento da gestante; e de três a dez anos, para quem provocar o
aborto sem o aval da mulher.
Se o projeto de lei for aprovado, a pena
para as mulheres vítimas de estupro será maior do que a dos estupradores, já
que a punição para o crime de estupro é de dez anos de prisão, e as mulheres
que abortarem, conforme o projeto, podem ser condenadas a até 20 anos de
prisão.
(T5)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.