A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados aprovou projeto que transforma o feminicídio em um crime autônomo, agravando a pena dos atuais 12 a 30 anos para 20 a 40 anos de reclusão sem necessidade de qualificá-lo para aplicar penas mais rigorosas (PL 4266/23).
O projeto, do Senado, altera o Código
Penal, a Lei das Contravenções Penais, a Lei de Execução Penal, a Lei de Crimes
Hediondos e a Lei Maria da Penha.
Pela legislação em vigor, o feminicídio
é definido como crime de homicídio qualificado.
Nesse caso, o fato de ser um assassinato
cometido em razão da condição feminina da vítima contribui para o aumento da
pena.
OUTRAS
MEDIDASA proposta prevê outras medidas para
prevenir e coibir a violência contra a mulher, como por exemplo:
*Aumenta
as penas para os casos de lesão corporal contra a mulher, para os crimes contra
a honra ou de ameaça e para o descumprimento de medidas protetivas;
*Nos
“saidões” da prisão, o condenado por crime contra a mulher deve usar
tornozeleira eletrônica; e
*O
condenado perde o direito a visitas conjugais.
Depois de proclamada a sentença, o
agressor perde o poder familiar, a tutela (proteção de menor) ou a curatela
(proteção de adulto incapaz).
Também são vedadas a nomeação, a
designação ou a diplomação em qualquer cargo, função pública ou mandato eletivo
entre o trânsito em julgado da condenação e o efetivo cumprimento da pena.
O texto prevê ainda o cumprimento mínimo
de 55% da pena de feminicídio para a progressão de regime. Atualmente, o
percentual é de 50%.
Para a relatora, deputada Delegada
Katarina (PSD-SE), os números atuais de violência contra as mulheres evidenciam
a necessidade de tomar medidas mais severas e eficazes para combater a
violência contra as mulheres.
O feminicídio, segundo a parlamentar, é
o resultado final de uma série de atos anteriores voltados a lesionar ou
subjugar a mulher.
Por isso, ela considera crucial agravar as penas dos crimes
considerados "precursores do crime de feminicídio".
PRÓXIMOS
PASSOSO projeto já foi aprovado
na Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, com alterações na redação
original.
A proposta ainda será analisada pela
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara. Se aprovada, segue
para análise do Plenário.
(Fonte: Agência Câmara de Notícias)
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