O jovem de 21 anos preso por suspeita de estupro e importunação sexual nesta segunda-feira (29/07), atuou liderando grupos na igreja católica que frequentava e era conhecido por ser um funcionário "brincalhão" na escola estadual onde trabalhava no município de Pitimbu, no Litoral Sul da Paraíba.
A Polícia Civil investiga crimes tanto
na igreja como no ambiente da escola.
São pelo menos seis vítimas.
Pessoas ouvidas pela TV Cabo Branco na cidade apontaram Edson
Luã Bernardo como "acima de qualquer suspeita".
No interrogatório realizado na segunda-feira
(29), o suspeito negou todas as acusações.
A defesa dele não foi localizada.
Estudantes da escola em que o homem
trabalhava não quiseram gravar entrevista, mas chegaram a afirmar que ele
"dava em cima de alunas".
Foi relatado ainda que ela ajudava um
estudante com deficiência na unidade escolar, apesar de não exercer a função de
cuidador.
Os funcionários não quiseram se
manifestar sobre a prisão do suspeito e a direção da escola não se encontrava
no momento em que foi procurada pela reportagem.
Integrantes da igreja que ele
frequentava confirmaram que ele liderou grupos no local e que todos “foram pegos de surpresa” com a prisão.
ENTENDA
O CASO
No dia 17 de julho, uma mulher de 19
anos que possui deficiência intelectual procurou a delegacia para denunciar que
tinha sido vítima de abuso sexual na escola estadual em que estudava.
"No dia em que ela sofreu esse
abuso, a Polícia Militar foi chamada e apareceu na escola, mas o suspeito já
havia sumido", disse o delegado Fillipe Paiva.
Segundo ele, o homem fugiu após esse
episódio, e só foi localizado nesta segunda-feira (29), quando foi feita sua
prisão preventiva.
Procurada pelo g1, a Secretaria de
Estado da Educação explicou por meio de nota que, mediante a gravidade do
ocorrido, solicitou o imediato desligamento do servidor do seu quadro de
funcionários.
A Secretaria reiterou ainda que toda e
qualquer contratação de funcionário passa por uma minuciosa averiguação de
documentação, bem como de seus antecedentes.
A nota informou também que a 1ª Gerência
Regional de Educação vai averiguar melhor a situação, dando suporte às vítimas
e às famílias por meio do Serviço de Saúde Emocional, que é formada por psicólogos
e assistentes sociais.
O delegado do caso afirmou que, de
acordo com os depoimentos, os crimes vinham acontecendo há vários anos.
As pessoas, no entanto, não haviam
denunciado.
Após a adolescente denunciar, outras
cinco vítimas já procuraram a delegacia.
Suspeito de estupro em Pitimbu é
desligado do quadro de funcionários da SEDUC-PB
"Nós fazemos um apelo para que as
pessoas que foram vítimas compareçam à delegacia nos próximos dias",
disse Fillipe Paiva.
Segundo ele, o prazo para conclusão do inquérito policial
é de dez dias.
(Por g1 PB)
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