Hoje, 04 de julho, faz um ano do desaparecimento
da menina Ana Sophia que tinha oito anos de idade.
Ela desapareceu quando saiu de casa para
brincar com uma amiga, no distrito de Roma, município de Bananeiras, no Brejo, onde
morava.
No dia 04 de maio deste ano a Polícia
Civil foi enfática na conclusão oficial do inquérito sobre o caso: “Tiago Fontes Silva da Rocha matou Ana
Sophia e ocultou seu corpo”.
Dois meses depois ele cometeu suicídio
por enforcamento.
Tiago Fontes Silva Rocha era porteiro da
escola onde ela estudava e marido da vice-diretora do estabelecimento.
O documento contendo todo o enredo da
investigação foi encaminhado hoje à justiça.
As investigações foram pautadas em
análises técnicas de vestígios digitais, realizadas pela Unintelpol/PCPB;
perícias técnico-científicas feitas pelo Instituto de Polícia Científica da
Polícia Civil; provas testemunhais, análise de imagens de câmeras de vigilância
realizada pelos investigadores e outras diligências realizadas pelas equipes do
Núcleo de Homicídios da 21ª Delegacia Seccional (sede em Solânea) e equipes de
reforço.
Ou seja, uma grande força-tarefa
designada pela Delegacia-Geral da Polícia Civil para apurar o caso desde o dia
do desaparecimento da menina.
Com base nas investigações, a Polícia
Civil comprova que TIAGO FONTES, meses antes do acontecimento criminoso, já
planejava detalhes da execução do homicídio.
Provas técnicas comprovam que quatro
meses antes da morte de SOPHIA, TIAGO já pesquisava informações detalhadas
sobre “partes íntimas” de meninas e “mortes por esganadura” de crianças com a
mesma idade de Ana Sophia.
Ademais, após o desaparecimento da criança,
o assassino passou a pesquisar métodos para ocultar o cadáver da criança,
utilizando termos de pesquisa em site de busca na rede mundial de computadores
da seguinte forma: “como descartar cadáver de forma permanente” e “fases de
decomposição cadavérica”.
Tiago detinha razoável conhecimento
tecnológico, conforme constataram as análises da Unintelpol/PCPB.
Ele possuía várias contas de e-mails e
formatava com frequência seu aparelho celular.
Nas redes sociais, Tiago costumava
acessar perfis de meninas na mesma faixa etária de Ana Sophia.
A rotina de Tiago foi amplamente
investigada pelas equipes envolvidas no caso.
Exatamente no dia do crime, ele – além
de mudar a rota que fazia sempre de casa para o trabalho –, demorou duas horas
a mais para seu retorno.
Ana Sophia desapareceu no dia 04 de
julho de 2023, quando saiu de casa para brincar com uma amiga, no distrito de
Roma, município de Bananeiras, onde morava.
A última vez que ela foi vista foi
exatamente entrando na casa de Tiago Fontes, fato registrado por câmeras de
segurança da rua.
Com base em todas as fortes evidências
colhidas pela investigação, a Polícia Civil pediu a prisão de Tiago Fontes.
Ele, no entanto, fugiu de casa e
preferiu não se apresentar à delegacia.
No dia 11 de setembro de 2023, Tiago Fontes
foi encontrado morto, em cenário de suicídio por enforcamento, na zona rural de
Bananeiras.
A identificação do corpo foi ratificada
pela perícia.
EM
NOVEMBRO DO ANO PASSADO
O delegado Aldrovilli Grisi, em entrevista
coletiva na capital, fez um resumo cronológico das investigações e apresentou
novas descobertas realizadas pelos investigadores acerca do caso.
De acordo com o delegado, Tiago Fontes
fez uma ampla pesquisa na internet sobre temas como “decomposição do corpo após morte”,
“estágios
de decomposição” e até sobre “em quanto tempo um fio de cabelo perde a
capacidade de preservação do DNA”.
“Além disso, pesquisou também a respeito de
casos de crianças desaparecidas, mortas e violentadas em outros estados. No dia
06 de julho, dois dias após o desaparecimento de Ana Sophia, ele pesquisou
sobre o caso da criança Júlia Brandão, que foi encontrada morta dentro de um
poço, na Praia do Sol, em João Pessoa”, disse o delegado.
“Ele pesquisou até sobre minha vida pessoal
nas redes sociais e também as investigações em que eu atuei, em especial o caso
Fernanda Ellen”, acrescentou Aldrovilli.
“Não
foi uma investigação fácil, o Tiago foi extremamente detalhista. Mas a Polícia
Civil não cessou um minuto sequer os trabalhos investigativos, chegando à
elucidação do crime e conclusão do Inquérito”, declarou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.