O delegado Elias Rodrigues ouviu em
depoimento a adolescente de 13 anos que foi estuprada pelo padrasto em Lagoa
Seca.
A garota está no sétimo mês de gravidez
e os abusos contra ela começaram há pelo menos oito meses.
Para que a menina ficasse "calada", o acusado prometeu uma moto e outros presentes.
O homem está foragido.
O crime ocorreu no sítio “Covão” e só
chegou ao conhecimento da PC no final de semana após denúncia do Conselho
Tutelar de Lagoa Seca.
Conforme o delegado, “as investidas do acusado eram
muito sutis, na verdade ele a ludibriava com passeio de moto, cometia os abusos
sexuais e dizia a ela que não contasse nada para a mãe que ele daria uma moto
de presente.
Levava ela para ensinar a andar de moto.
Então ele levava para, supostamente,
ensinar a andar de moto e praticava esse tipo de barbaridade abusando da
confiança, da inocência dela.”
Segundo o delegado Elias Rodrigues, a garota,
com medo, ainda tentou esconder da mãe.
“Em princípio, ela disse que tinha sido um
amigo da escola.
Só
que quando a mãe observou junto com a médica local, a primeira
ultrassonografia, constataram que a gravidez tinha sido a partir de janeiro
(quando a criança estava de férias) então ela não tinha contato com o colega de
escola”.
A mãe da menina desconfiou do companheiro,
ele confessou e fugiu.
“Aí a própria mãe arguiu o companheiro (o padrasto),
o Conselho Tutelar dela foi até o local, a menor não dizia quem tinha sido e de
tanto mãe ir atrás, o próprio autor confessou e desde quinta-feira saiu de casa.”
A
MÃE NÃO FOI CONIVENTE
O delegado Elias Rodrigues disse que a
mãe não foi conivente.
“O que a gente observa é que a mãe da
vítima, tem duas filhas, vivia em união estável com o autor.
Ela tinha uma dependência econômica dele,
mas a mãe não foi à omissa.
A partir do momento que ela soube da
gravidez, ela foi atrás. Então, este fato especificamente, eu imputo ao autor.
Porque a mãe não é uma mãe ausente, é
uma mãe, infelizmente, vulnerável socialmente.
Dependia financeiramente dele.
Ele abusou dessa confiança e praticou
esse tipo de coisa.
Com relação à irmã mais nova, por
cautela, submetemos ela ao exame sexológico, mas a menina não foi abusada”.
O delegado Elias Rodrigues, assim como outras pessoas, ficou
estarrecido com a situação.
“Eu que sou pai, é um tipo de caso que por
mais que a gente tenha experiência na polícia, é um caso que sempre choca. É
dentro do lar, de quem ele deveria acolher, ser acolhedor, de ser uma
referência paterna, e faz uma monstruosidade dessa.
Não tem outra palavra.
É um tipo de declaração que a gente
nunca gosta de pegar.
A menina está grávida, a menina de 13
anos, já perdeu a sua infância, perdeu, na verdade, sua adolescência.
A mãe já descobriu a gravidez
tardiamente.
Então é uma criança que agora o Estado
tem que cuidar dela, tem que cuidar da saúde física, da saúde emocional dela, e
a polícia tem que fazer o trabalho dela, que é responsabilizar o autor por essa
barbaridade”.
(Por
www.renatodiniz.com)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.