A Polícia Federal (PF) realiza nesta quarta-feira (21/08) uma operação para cumprir mandados de busca e apreensão em endereços do governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos).
A ação foi autorizada pelo Superior
Tribunal de Justiça (STJ) e apura desvio de recursos públicos por meio de
distribuição de cestas básicas durante a pandemia de covid-19.
Além de Wanderlei Barbosa, a
primeira-dama Karynne Sotero e os filhos do governador, deputado Léo Barbosa
(Republicanos) e Rérison Castro, também são alvos de buscas.
Wanderlei era vice-governador na época
do suposto esquema, entre 2020 e 2021.
O governador era Mauro Carlesse (União
Brasil), que acabou renunciado o cargo em 2022, após uma série de denúncias por
corrupção.
Investigação aponta que era feito
contratação de grupos de empresas previamente selecionadas para o fornecimento
de cestas básicas, as quais receberiam a totalidade do valor contratado, porém
entregariam apenas parte do quantitativo acordado.
Segundo a PF, há fortes indícios da
existência de um esquema montado entre os anos de 2020 e 2021, utilizando-se do
estado de emergência em saúde pública e assistência social, para contratação de
grupos de empresas previamente selecionadas para o fornecimento de cestas
básicas.
As empresas teriam recebido a totalidade
do valor contratado, porém entregariam apenas parte do quantitativo acordado.
São cumpridos 42 mandados de busca e
apreensão em Tocantins e outras medidas cautelares patrimoniais, todas
expedidas pelo STJ. Entre os outros alvos estão políticos e empresários.
O objetivo é aprofundar investigações
relacionadas ao pagamento a empresas contratadas para o fornecimento de cestas
básicas.
A operação foi chamada de Fames-19 em
referência à insegurança alimentar ocasionada pela pandemia de covid-19.
Fames significa fome em latim e 19 faz
alusão ao ano em que a doença foi descoberta.
Os inquéritos tramitam sob sigilo no
STJ.
(Terra)
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