quinta-feira, 8 de agosto de 2024

MAIS 4 MULHERES DENUNCIAM ABUSOS COMETIDOS POR PEDIATRA SUSPEITO DE ESTUPRAR MENINA NA PB

Pelo menos mais quatro mulheres compareceram à Delegacia de Repressão a Crimes contra a Infância e Juventude para formalizar denúncias de abuso contra o médico pediatra Fernando Cunha Lima, em João Pessoa.

Ele é suspeito de estuprar uma menina de 9 anos durante uma consulta médica realizada em 25 de julho deste ano.
Ao todo, cinco mulheres já formalizaram denúncias de abusos contra Fernando Cunha Lima.
As denunciantes são três mães de pacientes do pediatra, incluindo a mãe da menina de 9 anos que fez a primeira acusação formal, e duas sobrinhas dele.
Ele não compareceu para dar depoimento à polícia porque passou mal e foi internado.
Segundo o advogado das vítimas, Bruno Girão, existem cerca de 20 pessoas que entraram em contato com ele relatando novas acusações.
Porém, não houve formalização de denúncias.
A delegada Isabela Emanuela preferiu não gravar entrevista porque o caso está em segredo de justiça.
Fernando Paredes Cunha Lima não compareceu à Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Infância e a Juventude para prestar depoimento na manhã desta quinta-feira (08/08), tal como era aguardado pela Polícia Civil.
A defesa alega que o pediatra passou mal durante a madrugada e que precisou ser internado às pressas no Hospital da Unimed, em João Pessoa.
Eles foram à delegacia justificar a ausência.
Por volta das 10h20 desta quinta-feira os advogados do pediatra emitiram nota defendendo a tese de que as denúncias contra ele são infundadas e que Fernando vai esclarecer tudo assim que possível.
Entenda o caso
A primeira denúncia formal de estupro de vulnerável contra o pediatra Fernando Cunha Lima aconteceu no dia 25 de julho e foi tornada pública nesta quarta-feira (07).
A mãe da criança, que estava no consultório, disse em depoimento que viu o momento em que ele teria tocado as partes íntimas da criança.
Ela informou que na ocasião imediatamente retirou os dois filhos do local e foi prestar queixa na Delegacia de Polícia Civil.
Com a repercussão do caso, uma sobrinha do suspeito revelou que também foi abusada quando também tinha 9 anos, na década de 90, assim como suas duas irmãs.
As denúncias, assim, indicam que os crimes aconteceriam há pelo menos 33 anos, já que o relato de uma das sobrinhas fala de um estupro que teria sido cometido em 1991.
O Conselho Regional de Medicina (CRM-PB) informou nessa quarta-feira que abriu uma sindicância para apurar o caso.
Já a Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), do qual Fernando Cunha Lima era diretor, decidiu suspendê-lo e afastá-lo de suas funções diretivas.
(Do g1 PB)
Foto: Volney Andrade/TV Cabo Branco 

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