O pediatra denunciado por estupro, à
Polícia Civil pela mãe de uma paciente de nove anos de 9 anos de idade, agora é
denunciado por um crime ocorrido 30 anos atrás contra a sobrinha dele.
A própria sobrinha o denunciou.
Gabriela Cunha Lima, hoje com 41 anos,
relatou ter sido abusada pelo tio, o pediatra Fernando Cunha Lima, quando tinha
apenas 9 anos de idade, em 1991.
O médico é investigado pela Polícia
Civil da Paraíba após a mãe de uma criança denunciar o profissional.
Ela acusa Fernando de ter abusado a
filha de nove anos durante uma consulta médica em João Pessoa.
Em entrevista à TV Correio na tarde desta quarta-feira (07/08), Gabriela Cunha Lima
descreveu como aconteceu o crime.
“A gente frequentava a casa dele, veraneava.
Em um desses dias, ele me acordou. Eu dormia no quarto da filha dele. Eu lembro
que ele tinha voltado para almoçar. Ele ficou brincando comigo, dizendo que eu
tinha acordado de madrugada com saudades do meus pais. Eu fiquei sem entender,
porque não lembrava de ter acordado de madrugada. Quando foi mais tarde, todo
mundo desceu e ele me chamou no quarto”, relatou.
“Ele [Fernando Cunha Lima] abaixou a calça e
pediu para eu colocar as mãos nos órgãos dele, ficar fazendo movimento. Ele
pediu para eu baixar a minha calça e colocou nas minhas partes e pediu segredo”.
Segundo Gabriela, a família foi
comunicada do crime.
À época, o pai da vítima chegou a
procurar Fernando para “acertar as contas”, mas não encontrou o pediatra, pois
ele estava viajando.
“Ele [pai de Fernanda] simplesmente saiu. A
gente ficou sem saber. Mainha ligou para os outros irmãos e depois painho
retorna. Ele tinha procurado o pedófilo para matá-lo, mas ele [Fernando] estava
viajando. Ele não morreu porque estava viajando”, descreveu.
Gabriela se diz arrependida de não ter
feito a denúncia antes.
Ela relatou que quando buscou as
autoridades, já era tarde.
“Eu me sinto, por mais que todo mundo diga
que não, eu me sinto culpada por não ter feito a denúncia antes. Não poderia
ter feito a denúncia em 1993, porque eu era uma criança. Essa denúncia tem um
tempo para ser feita. A partir dos 18 anos eu poderia ter feito essa denúncia.
Quando eu fui denunciar já era tarde, eu já estava com 41 anos”, disse.
O
CASO DA CRIANÇA...
Em entrevista à TV Cabo Branco, a mãe da
vítima contou que estava com as duas filhas no consultório do médico.
Ela afirma que transcrevia uma receita
de remédios, enquanto o médico estava no outro lado do consultório brincando
com a filha caçula dela no colo e, ao mesmo tempo, abusando da menina de 9
anos.
A mãe afirma que quando terminou de
transcrever a receita, ela se levantou e se direcionou para a frente da maca e
se deparou com o médico tocando as partes íntimas da criança.
A mulher contou que retirou as filhas do
local, foi até a delegacia e registrou a denúncia.
Nesta quarta-feira (7), o Conselho
Regional de Medicina (CRM-PB) informou que abriu uma sindicância para apurar o
caso.
A delegada Isabela Emanuela, que comanda
as investigações, não quis dar entrevista porque o caso está em segredo de
justiça.
ENTENDA
A defesa do pediatra disse que só irá se
posicionar após o depoimento dele à Polícia Civil, que deve acontecer nesta
quinta-feira (08).
Gabriela foi até a Delegacia de Crimes
Contra a Infância e Juventude nesta quarta-feira (07) para formalizar a
denúncia.
(Mais PB e g1 PB)
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