O desastre com o voo 2283 da Voepass em
Vinhedo (SP) é o mais recente a consternar o Brasil.
Foi o maior acidente de avião comercial
no Brasil desde 2007, quando um avião da TAM matou 199 pessoas ao se chocar com
um prédio ao tentar pousar no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo.
Relembre, a seguir, outras tragédias
aéreas que abalaram o país nas últimas décadas:
A cantora Marília Mendonça morreu na
tarde de 5 de novembro de 2021, após a queda do avião em que ela estava.
A aeronave modelo Beech Aircraft caiu
momentos antes do pouso em uma cachoeira do distrito de Piedade de Caratinga,
no município mineiro de Caratinga.
A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu
que negligência e imprudência foram as causas da morte das cinco pessoas que
estavam no voo.
No dia do acidente, a aeronave se chocou
com uma torre de transmissão de energia que não era sinalizada.
Segundo a Polícia Civil, a sinalização
não era obrigatória por causa da altura das torres e de sua distância em
relação à zona de proteção do aeroporto, cabendo aos pilotos observarem
previamente a proximidade de morros e antenas.
Além de Marília, que tinha 26 anos,
morreram seu produtor, Henrique Ribeiro, seu tio e assessor Abicieli Silveira
Dias Filho, o piloto Geraldo Martins de Medeiros e o copiloto Tarcísio Pessoa
Viana.
CERRO
EL GORDO, COLÔMBIA, 2016O avião que transportava a delegação da
Chapecoense para a primeira partida da final da Copa Sul-Americana contra o
Atlético Nacional caiu na região de Antióquia, na Colômbia.
O avião levava 77 pessoas a bordo, tendo
por passageiros atletas, equipe técnica e diretoria do time da cidade de
Chapecó (SC), jornalistas e convidados, que iriam a Medellín, para a partida.
Entre passageiros e tripulantes, 71
pessoas morreram na queda e seis foram resgatadas com vida.
As investigações sobre as causas do
acidente concluíram que a aeronave não sofreu nenhum problema técnico, e que a
queda se deu por uma pane seca causada pela falta de combustível.
FERNANDO
DE NORONHA, MAIO DE 2009Em 31 de maio de 2009, o voo 447 da Air
France, que ia do Rio de Janeiro para Paris, caiu no Atlântico, a cerca de 600
quilômetros de Fernando de Noronha.
As 228 pessoas a bordo, entre elas 58 brasileiros,
morreram.
O Airbus A330 desapareceu dos radares
cerca de quatro horas depois de decolar do Aeroporto Internacional Tom Jobim.
Entre os mortos estavam os executivos
Luiz Roberto Anastácio (Michelin) e Erich Heine (Thyssenkrupp CSA).
SÃO
PAULO, JULHO DE 2007Em 17 de julho de 2007, um avião da TAM
que vinha de Porto Alegre não conseguiu parar na pista ao pousar no aeroporto
de Congonhas, na zona sul de São Paulo.
A aeronave se chocou contra um prédio da
companhia aérea.
Ao todo, 199 pessoas morreram, 186 a
bordo e outras 13 no solo, fazendo desse o pior desastre aéreo já registrado em
terras brasileiras.
Em 2015, a Justiça Federal em São Paulo
absolveu os três acusados pelo acidente: o então diretor de segurança de voo da
companhia aérea, Marco Aurélio dos Santos de Miranda e Castro, o então
vice-presidente de operações da TAM, Alberto Fajerman, e Denise Abreu, que na
época era diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
MATO
GROSSO, SETEMBRO DE 2006Em 29 de setembro de 2006, um jato
Legacy colidiu com um Boeing da Gol na Floresta Amazônica.
O acidente resultou na morte de 154
pessoas, entre tripulantes e passageiros.
Foi o segundo acidente aéreo mais grave
da história do Brasil em número de vítimas.
Os pilotos do jato, os americanos Joseph
Lepore e Jan Paul Paladino, sobreviveram depois de um pouso de emergência com o
Legacy.
Os dois foram condenados em 2011 pelo
acidente, mas voltaram para os EUA e jamais cumpriram pena.
SÃO
PAULO, OUTUBRO DE 1996Na manhã de 31 de outubro de 1996, o voo
402, um Fokker 100, da TAM, decolou de Congonhas para o Rio de Janeiro.
Apenas 24 segundos depois, caiu sobre
oito casas da rua Luís Orsini de Castro, no bairro do Jabaquara, na zona sul de
São Paulo.
Morreram 99 pessoas: 96 que estavam no
avião e mais três em terra.
As investigações mostraram que a queda
do avião foi provocada por uma falha no reversor de uma das turbinas, que abriu
durante a decolagem, fazendo o piloto perder o controle da aeronave.
Uma das asas do avião ainda cortou parte
de um prédio e levou o telhado de um sobrado.
SÃO
PAULO, MARÇO DE 1996Na noite de 2 de março de 1996, o tempo
estava fechado na Grande São Paulo e havia neblina em parte da Serra da
Cantareira.
Por volta das 23h15, um jato executivo
Learjet avançou sobre as árvores, atravessou a névoa e colidiu na mata.
Nove ocupantes morreram: dois
tripulantes, um segurança, um assistente de palco e os cinco integrantes da
banda Mamonas Assassinas.
Viajavam Alecsander Alves (Dinho, de 24
anos, vocalista, Alberto Hinoto (Bento), de 26, guitarrista, Júlio Cesar
Barbosa (Júlio Rasec), 28, tecladista, e os irmãos Samuel e Sérgio Reis de
Oliveira (Samuel e Sério Reoli), de 22 e 16 anos, baixista e baterista da
banda.
Eles voltavam de um show em Brasília, o
último de uma longa turnê pelo país.
A banda estava no auge de seu sucesso
depois de estourar em 1995 e vender, em nove meses, mais de 1,2 milhão de
discos.
A morte repentina chocou o país e
milhões de fãs.
SERRA
DA ARATANHA, JUNHO DE 1982Em 8 de junho de 1982 um Boeing da Vasp
que ia de São Paulo a Fortaleza se chocou contra a Serra da Aratanha, no norte
do Ceará.
Todos os 135 ocupantes morreram.
O comandante pediu autorização ao
controle de tráfego aéreo para baixar a altitude do avião a cerca de 253
quilômetros de Fortaleza.
Pelas cartas de navegação, este pedido deveria ser
feito a 159 quilômetros.
A tripulação estabilizou o avião nesta
altitude.
Os alarmes soaram na cabine, mas o
piloto os ignorou e pouco antes das 3h o Boeing se chocou contra a serra.
ORLY,
FRANÇA, JULHO DE 1973Um voo da Varig que havia decolado do Rio
de Janeiro caiu a quatro quilômetros do aeroporto de Orly, na França.
No total, 123 pessoas morreram e apenas
onze sobreviveram — dez tripulantes e um passageiro.
O acidente chocou o país.
Entre os mortos estavam o cantor
Agostinho dos Santos, a atriz Regina Lécrery e o iatista Joerg Bruder.
O avião, um Boeing 707, realizou um
pouso de emergência em uma plantação de cebolas.
Os pilotos escolheram pousar ali porque
havia um incêndio dentro da aeronave, na parte de trás.
Investigações concluíram que o fogo
começou em um dos banheiros, provavelmente por causa de um cigarro aceso
deixado em um dos cestos.
RIO
DE JANEIRO, FEVEREIRO DE 1960Um avião da Companhia Real se chocou
contra um quadrimotor da Marinha dos Estados Unidos no Rio de Janeiro.
Ao todo, 61 pessoas morreram.
(BBC Brasil)
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