domingo, 8 de setembro de 2024

CONSTRUTORA DE LUXO EM GOIÁS MANTINHA PARAIBANOS EM SITUAÇÃO DE ESCRAVIDÃO

Um grupo de trabalhadores aliciados no estado da Paraíba foi resgatado de condições extremamente precárias de trabalho (análogas à escravidão) nesta sexta-feira (06).

Os homens foram convidados para prestar serviço à uma construtora em Goiânia, no estado de Goiás, no entanto, ao chegar no local encontraram condições extremamente diferentes das prometidas.
A operação realizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal resultou no resgate de 15 trabalhadores que prestavam serviços para uma grande construtora de prédios residenciais de alto padrão na cidade.
Os homens não recebiam a remuneração prometida e estavam em condições degradantes que levou à situação de fome.
Além da Paraíba, outra parte do grupo foi aliciado no estado da Bahia para prestar serviço à construtora.
No local de trabalho, foram encontradas condições extremamente precárias, sendo identificadas pela fiscalização situações graves, como a contratação irregular de trabalhadores migrantes com falsas promessas de remuneração, falta de pagamento de despesas de transporte e a ausência de alimentação, conforme é exigido pela legislação trabalhista.
Segundo informou a fiscalização do MTE todos os trabalhadores, contratados por meio de um terceiro intermediário, foram resgatados e tiveram rescindido seus contratos de trabalho, recebendo o apoio necessário, incluindo passagens, para retornar aos seus estados de origem.
As construtoras envolvidas terão de indenizar todos os 15 trabalhadores, num total de R$ 135.861,58, sendo R$ 100.208,87 referentes a verbas rescisórias e R$ 35.652,71 por dano moral individual.
A denúncia sobre a situação foi feita presencialmente pelos trabalhadores na sede da Superintendência Regional do Trabalho em Goiânia.
O Ministério do Trabalho e Emprego reforça o compromisso em combater práticas de exploração e garantir os direitos dos trabalhadores, promovendo um ambiente de trabalho digno e seguro.
A fiscalização foi coordenada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e contou com a colaboração do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
(Do Mais PB)

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