segunda-feira, 16 de setembro de 2024

“NÃO CONVENCE”: ACUSADO DE FEMINICÍDIO DIZ QUE A MULHER SE MATOU

Josué Severino dos Santos, de 54 anos, preso em flagrante por crime de feminicídio, disse em depoimento ao delegado Ramirez São Pedro, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, que ele não matou a mulher dele, Bruna Ferreira dos Santos, de 41 anos, na noite da quinta-feira (12/09).

Ele disse que ela teria cometido suicídio.
No entanto essa afirmação não se sustenta.
Bruna foi morta com um disparo de espingarda calibre “28” no rosto na casa onde morava na Rua Genaro Cavalcante, no Bairro Alto Branco, em Campina Grande.
Conforme Ramirez, “pra nossa surpresa, após ser preso, e aqui interrogado, ele alegou que a vítima teria cometido suicídio. Chamou a atenção porque toda cena verificada por nós e principalmente (logicamente) pera perícia do IPC, caracterizava um crime de homicídio (no caso feminicídio). Até mesmo a arma de fogo que foi apreendida com ele não tinha nenhum resquício de sangue”.
O delegado afirmou que agora “estamos aguardando os laudos periciais que estão sendo feitos cautelosamente pelo IPC, juntamente com o Numol. Nós já vamos ouvir também outras pessoas para configurar alo aquela situação (principalmente da fuga)”.
FUGA...
O delegado questionou o acusado por qual motivo ele fugiu, já que alegou que a mulher se suicidou, por qual motivo ele não a socorreu e não chamou a polícia?
Josué respondeu que “ficou atordoado e saiu sem rumo levando ‘consigo’ a criança, inclusive a arma do crime (que não condiz com a versão de suicídio)”.
O flagrante foi por homicídio qualificado/feminicídio.
Passou por Audiência de Custódia, o Ministério Público concordou com nosso entendimento. O juiz da Custódia decretou a Prisão Preventiva (ele já se encontra no Presídio) e ele aguarda a conclusão do inquérito policial (temos dez dias para concluir todo inquérito”, disse Ramirez.
Bruna Ferreira dos Santos, de 41 anos, não tinha parentes em Campina e sim em São Paulo.
Josué foi preso por policiais da 3ªCIPM em Umbuzeiro, no Agreste, quando deixava a Paraíba numa Van acompanhado do filho de nove anos.
O acusado trabalhava como motorista de transporte alternativo intermunicipal.
A CRIANÇA...
No que se refere a possibilidade de a criança ter presenciado a morte da mãe, a polícia ainda não tem essa resposta, mas descarta versões do acusado.
O menino está sob cuidados do Conselho Tutelar
A criança ainda não foi escutada (até por uma questão do trauma, de ter acompanhado toda aquela situação, inclusive a fuga – ele levou a criança ‘consigo’ até o município de Umbuzeiro – no momento da abordagem a criança estava dentro do veículo). O Conselho Tutelar veio até à Delegacia, juízo da Infância e Juventude também acompanhou os procedimentos realizados aqui na Delegacia. A criança foi encaminhada para exames clínicos e psicológicos”.
VERSÃO QUE NÃO SE SUSTENTA...
Ele alega que a criança estaria com ele no quarto quando escutou o disparo (de forma até estranha) ele falou informalmente aos policiais que a criança é que teria dado a ideia de fugir. Não condiz os depoimentos dele com om que a gente presenciou no local do crime e agora a gente trabalha para concluir esta investigação e manter esse indiciamento pelo feminicídio”, acrescentou Ramirez.

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