Josué Severino dos Santos, de 54 anos, preso em flagrante por crime de feminicídio, disse em depoimento ao delegado Ramirez São Pedro, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, que ele não matou a mulher dele, Bruna Ferreira dos Santos, de 41 anos, na noite da quinta-feira (12/09).
Ele disse que ela teria cometido
suicídio.
No entanto essa afirmação não se sustenta.
Bruna foi morta com um disparo de
espingarda calibre “28” no rosto na casa onde morava na Rua Genaro Cavalcante,
no Bairro Alto Branco, em Campina Grande.
Conforme Ramirez, “pra nossa surpresa, após ser
preso, e aqui interrogado, ele alegou que a vítima teria cometido suicídio.
Chamou a atenção porque toda cena verificada por nós e principalmente
(logicamente) pera perícia do IPC, caracterizava um crime de homicídio (no caso
feminicídio). Até mesmo a arma de fogo que foi apreendida com ele não tinha
nenhum resquício de sangue”.
O delegado afirmou que agora “estamos
aguardando os laudos periciais que estão sendo feitos cautelosamente pelo IPC,
juntamente com o Numol. Nós já vamos ouvir também outras pessoas para
configurar alo aquela situação (principalmente da fuga)”.
FUGA...
O delegado questionou o acusado por qual
motivo ele fugiu, já que alegou que a mulher se suicidou, por qual motivo ele
não a socorreu e não chamou a polícia?
Josué respondeu que “ficou
atordoado e saiu sem rumo levando ‘consigo’ a criança, inclusive a arma do
crime (que não condiz com a versão de suicídio)”.
O flagrante foi por homicídio
qualificado/feminicídio.
“Passou por Audiência de Custódia, o
Ministério Público concordou com nosso entendimento. O juiz da Custódia
decretou a Prisão Preventiva (ele já se encontra no Presídio) e ele aguarda a
conclusão do inquérito policial (temos dez dias para concluir todo inquérito”,
disse Ramirez.
Bruna Ferreira dos Santos, de 41 anos,
não tinha parentes em Campina e sim em São Paulo.
Josué foi preso por policiais da 3ªCIPM
em Umbuzeiro, no Agreste, quando deixava a Paraíba numa Van acompanhado do
filho de nove anos.
O acusado trabalhava como motorista de
transporte alternativo intermunicipal.
A
CRIANÇA...
No que se refere a possibilidade de a
criança ter presenciado a morte da mãe, a polícia ainda não tem essa resposta, mas
descarta versões do acusado.
O menino está sob cuidados do Conselho
Tutelar
“A criança ainda não foi escutada (até por
uma questão do trauma, de ter acompanhado toda aquela situação, inclusive a
fuga – ele levou a criança ‘consigo’ até o município de Umbuzeiro – no momento
da abordagem a criança estava dentro do veículo). O Conselho Tutelar veio até à
Delegacia, juízo da Infância e Juventude também acompanhou os procedimentos
realizados aqui na Delegacia. A criança foi encaminhada para exames clínicos e
psicológicos”.
VERSÃO
QUE NÃO SE SUSTENTA...
“Ele alega que a criança estaria com ele no
quarto quando escutou o disparo (de forma até estranha) ele falou informalmente
aos policiais que a criança é que teria dado a ideia de fugir. Não condiz os
depoimentos dele com om que a gente presenciou no local do crime e agora a
gente trabalha para concluir esta investigação e manter esse indiciamento pelo
feminicídio”, acrescentou
Ramirez.
(Por www.renatodiniz.com)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.