quarta-feira, 9 de outubro de 2024

CONDENADA A 19 ANOS ACUSADA DE AJUDAR NAMORADO A MATAR A MÃE DELE

Ana Beatriz Lima, de 19 anos, acusada de "ajudar" o namorado a matar a mãe dele, a professora Honorina de Oliveira Costa, de 43 anos, no início de novembro de 2022 em Cuité, no Curimataú, foi condenada a 19 anos e três meses de prisão.

O julgamento foi realizado nesta terça (08/10) no Fórum em Cuité.
Foi um dos crimes mais estarrecedores ocorridos no Curimataú do estado.
A professora foi atacada pelo filho em casa, foi asfixiada com um golpe “mata-leão”, teve o corpo levado para um açude e foi esfaqueada antes de ser jogada no reservatório (“para não boiar”).
Além disso, teve pés e mãos amarrados em pedras para que o corpo afundasse.
Em 2023 o filho foi apreendido, foi recolhido ao Lar do Garoto, cumpriu medida socioeducativa e hoje “não deve mais nada a sociedade”.
É um “cidadão” livre embora tenha tramado e arquitetado tudo no que se refere a morte da mãe (desejo que alimentava desde 2018).
Inclusive, conforme fontes, ele foi ao Fórum e assistiu ao julgamento da cúmplice (namorada).
ENTENDA TODA TRAMA...
O assassinato da professora Honorina de Oliveira Costa foi desvendado totalmente entre fevereiro e maio do ano passado.
Em novembro de 2022 a professora foi encontrada morta dentro de um açude com os pés e mãos amarrados em pedras para o corpo “não boiar”.
Além disso ela foi esfaqueada.
Um filho, de 16 anos, e a namorada dele, de 18, foram apontados como autores do crime.
O adolescente foi recolhido ao Lar do Garoto e a mulher ao Presídio Feminino.
O pai dele e marido de Honorina, um sargento reformado da PM, chegou a ser preso em março de 2023 como um dos suspeitos, mas depois ele foi inocentado pela PC que ao longo das investigações foi encontrando novas pistas.
Ele estava desaparecida desde o dia 02 de novembro.
Na manhã de 25 de maio do ano passado os delegados Iasley Almeida e Rodrigo Monteiro concederam entrevista coletiva sobre o desfecho da morte da professora Honorina de Oliveira Costa.
A professora foi assassinada pelo filho dela e pela nora.
Crueldade, barbaridade, covardia e frieza definem bem toda trama diabólica que assassinos usaram para matar uma mulher indefesa.
O crime ocorreu no dia 02 de novembro de 2022 em Cuité e o corpo foi encontrado dia 05 de novembro dentro de um açude.
O corpo apresentava perfuração de faca e os pés e mãos estavam amarrados em pedras para não boiar.
O filho matou a mãe porque disse que tinha ódio dela.
O delegado Rodrigo Monteiro, da 13ªDSPC, fez uma narrativa forte durante a entrevista que emocionou a imprensa.
A TRAMA, A MORTE
O adolescente confessa que foi o autor do crime;
Na noite do fato (02 de novembro do ano passado), ele chegou em casa com a mãe, pois antes tinham ido fazer visitas no cemitério porque era dia de finados.
Logo em seguida ele entra em casa com a mãe.
Logo em seguida ele sai de moto, vai buscar a namorada, deixa a namorada nos fundos da casa (que é um terreno baldio, adentra o imóvel, joga um tambor para fora do imóvel.
A namorada consegue pular o muro (utilizando o tambor) e pula para dentro do imóvel.
Eles encontram a vítima (Honorina) sentada em seu quarto trabalhando no computador.
Ana Beatriz (a namorada do adolescente) entra no quarto e com uma corda tenta estrangular a vítima.
Houve uma reação por parte da vítima e teve início uma luta corporal entre as duas.
Neste momento o adolescente está fora do quarto e entra no quarto e, percebendo que a mãe tinha reagido (àquela situação), aplica um golpe conhecido por ‘mata-leão’ (ele mesmo informa que tinha feito jiu-jitsu e aprendeu tal golpe, aplica o golpe na mãe levando-a ao chão.
Neste momento a namorada senta sobre as pernas da vítima e passa a segurá-la enquanto o filho aplica o golpe levando-a morte.
Em seguida:  a ideia era parecer que a vítima tinha ido embora de casa, abandonado a família.
Ele prepara uma bolsa de viagem.
Lá coloca pertences da vítima (objetos pessoais, roupas) e duas bolsas de braço com documentos da vítima.
Coloca essa mala no interior do veículo da vítima que estava estacionado na garagem da casa”.
A RETIRADA DO CORPO DE DENTRO DE CASA
Ele e a namorada colocam o corpo no porta-malas do veículo e a namorada assume o volante.
Ele passa a auxiliá-la a tirar o veículo da residência (tem imagens que mostram ele ajudando a namorada a tirar o veículo da residência).
Ela conduz o veículo até a esquina.
Ele utiliza o mesmo local por onde a namorada adentrou o imóvel (pelos fundos da casa), pula muro dos fundos da casa (sabendo ele que, pela frente tinham as câmeras de segurança) e vai até ao encontro da namorada onde está com o veículo estacionado.
Ele assume o volante do veículo e seguem todo trajeto, vai até um posto de combustíveis onde ele abastece (50 reais de combustível).
De lá dirige até a o local onde apanha as pedras (polícia tem imagens dos dois apanhando as pedras e seguem para o açude do Cais”.
A OCULTAÇÃO DO CORPO E O GOLPE DE FACA
Chegando até o açude, eles levam o corpo até à margem, amarram as mãos e os pés às pedras e entram na água.
Nesse momento (por ordem do filho) a namorada desfere uma facada no abdome da vítima (segundo ele, com a intenção de que o corpo não inchasse e ajudasse a afundar o cadáver) e jogam o corpo e ficam aguardando o corpo afundar”.
APÓS DEIXAR O CORPO NO AÇUDE
Retornam ao veículo e pegam o trajeto da estrada que liga os municípios de Nova Floresta a Picuí.
Eles abandonam dois celulares da vítima (um deles foi encontrado) e a mala com os pertences.
Se dirigem ao campo de aviação de Cuité onde, num abismo, ele arremessa as duas bolsas de braço contendo os documentos da vítima.
A intenção dele era desfazer de qualquer prova que pudesse incriminá-lo (como também a faca, luvas e o resto das cordas utilizadas na prática do crime).
De lá eles seguem para a casa da irmã da vítima onde abandonam o veículo já que a intenção dele era parecer que ela tinha fugido com uma outra pessoa.
Depois voltam para casa pelos fundo do imóvel (ele e a namorada) e vão dormir normalmente.
Pela manhã (dia seguinte) ele vai para a escola e ela volta pra casa.
Essa foi toda dinâmica delitiva confessada pelos autores e comprovadas pela quebra de sigilo telefônico do adolescente, como também pelas câmeras de segurança instaladas na cidade de Cuité”.
ASSASSINO QUERIA MATAR A MÃE DESDE 2018
Ele disse que matou por ódio, apenas por ódio.
O adolescente afirma que em meados de 2018 e 2019 já tinha esse pensamento de praticar o crime contra a mãe informando apenas que nutria esse ódio.
A cerca de dois meses, antes do desparecimento da vítima, ele comentou tal fato com a namorada que decidiu auxiliá-lo nessa empreitada criminosa.
O arrependimento que ele disse que mostrou foi só após ser apreendido.
Anteriormente, durante todos esses seis meses, era um comportamento normal.
Inclusive, após a prisão do pai (que ele mesmo apontou), disse que com medo de ser apreendido resolveu imputar o crime para o pai e não tinha nenhum remorso de ter feito isso".
A PRISÃO DO PAI
O delegado explicou sobre a Prisão Temporária do sargento da reserva da Polícia militar ocorrida em março desse ano e que foi posto em liberdade esta semana.
O QUE DISSE O ADOLESCENTE:
Ele disse que não tinha nenhum remorso porque tinha um pai ausente.
Então preferiu deixar o pai preso e ele se ver livre.
Até o momento dele ser apreendido a vida dele estava normal.
O filho informa que o pai não sabia que ele (o adolescente) teria praticado o fato, que nem desconfiava, que o pai não tinha conhecimento de nada.
E o crime foi planejado somente por ele (adolescente) e a namorada.
Foram ouvidas várias testemunhas, toda a família.
A professora Honorina era uma mãe excelente, ela trabalhava, ela estudava e tudo que ela fazia era para os filhos.
Não existia motivação para o crime.
Após a prisão do pai, ele (o adolescente) tomou de conta da casa, utilizando a moto da mãe, dormindo com a namorada.
Recentemente (na semana que ele foi apreendido) alugou um imóvel na cidade e teria levado objetos da casa para esse imóvel".
(Por renatodiniz.com)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.