Morreu aos 86 anos o cantor e ator
Agnaldo Rayol.
Ele foi vítima de um traumatismo
craniano após sofrer uma queda em casa durante a madrugada.
Rayol caiu enquanto ia ao banheiro.
O artista sofreu um corte na cabeça e,
segundo sua assessoria, foi levado ao hospital ainda lúcido, apesar de a
ambulância do SAMU ter demorado cerca de 40 minutos para chegar.
A assessoria do cantor Agnaldo Rayol
divulgou, em nota, o que causou a morte do cantor.
Segundo a assessoria, Agnaldo estava em
sua casa, no bairro de Santana, zona norte de São Paulo, quando sofreu uma
queda, onde bateu a cabeça.
AGNALDO
RAYOL
Agnaldo Rayol ficou conhecido pela voz
de barítono e sua participação como cantor e apresentador em diversas atrações
da televisão brasileira.
Entre os maiores sucesso do artista,
estão suas interpretações de canções italianas, tais como “Mia Gioconda” e
“Tormento D’Amore”.
Em nota, a assessoria de imprensa do
cantor destacou a trajetória de Rayol:
“Agnaldo
Rayol deixa um legado inestimável para a música brasileira, com uma carreira
que atravessou décadas e tocou os corações de milhões de fãs. A família
agradece as manifestações de carinho e apoio. Informações sobre o velório e
cerimônia de despedida serão divulgadas em breve”, diz o comunicado.
REI
DA VOZ
Agnaldo Coniglio Rayol nasceu no Rio de
Janeiro em 3 de Maio de 1938. Vem de uma família de artistas.
Começou a cantar ainda menino, com 5
anos de idade, no programa “Papel Carbono” da Rádio Nacional do Rio de Janeiro.
Depois ele se mudou para Natal (RN), onde trabalhou em rádios locais.
Fez uma pausa durante a adolescência,
pois sua voz começou a mudar.
Ao amadurecer, Rayol havia se tornado um
barítono – cantor de voz mais grave do que os tenores, mas não tão grave quanto
a dos baixos.
Uma exceção na música – onde predominam
os cantores com vozes capazes de atingir grandes agudos – ele voltou à ativa
nos anos 1950.
Foi contratado pela rádio Tupi em 1956,
e lançado um disco dois anos depois. Especializou-se em canções italianas
românticas como “Mia Gioconda” e “Tormento D’Amore”.
O auge do sucesso viria dez anos depois,
durante os festivais musicais organizados pela rede Record, da família Machado
de Carvalho.
Lá Rayol ganhou o título de Rei da Voz,
antes pertencente a Chico Alves, que havia falecido.
Sucessos como “A Praia” fizeram dele um
dos grandes vendedores de discos das décadas de 1960 e 1970, e uma figura
sempre presentes em programas como Almoço Com As Estrelas, Clube dos Artistas
(Tupi) ou Astros do Disco (Record).
O artista conseguiu migrar facilmente do
rádio para a televisão.
Um de seus maiores sucesso foi o
programa Corte Rayol Show, em que atuava com o humorista Renato Corte Real.
CARREIRA
COMO ATOR
Agnaldo Rayol também trabalhou como
ator.
Realizou um dueto com a apresentadora
Hebe Camargo (1929-2012) como no filme “Zé do Periquito” (1960) do cineasta
Amácio Mazzaropi.
Foi Hebe quem o apelidou de Mister
Covinha, por causa do sorriso.
O cantor também participou nas
telenovelas da extinta TV Excelsior, como “Mae” (1964), ao lado de Lolita
Rodrigues e Tarcísio Meira, ou em “O Caminho das Estrelas” (1965), ao lado de
Procópio Ferreira.
Apesar da imagem de galã, Rayol não
fugia do humor.
Em 1990, ele participaria de uma paródia
de “Romeu e Julieta” ao lado de Hebe Camargo e do comediante Ronald Golias
(1929-2005), produzida pelo SBT, do apresentador e empresários Sílvio Santos.
O texto foi escrito por Carlos Alberto
de Nóbrega, e o elenco incluía Luiz Carlos Miele, Consuelo Leandro, Carlos
Imperial, Nair Belo, Ronnie Von e Fábio Jr., além do próprio Nóbrega.
Elegante e com fama de namorador, Rayol
era um homem de família, casado com Maria Rayol.
O cantor não tinha filhos devido à perda
de um bebê de poucos meses quando tinha 18 anos.
Desde 2017, ele vinha enfrentando o
Alzheimer da companheira, que se agravou durante a pandemia.
Nos últimos meses, Rayol mostrava sinais
de depressão e passou a ficar mais recluso.
(Com CNN e Forbes)
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