Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, será ouvido no Supremo Tribunal Federal (STF) na tarde da próxima quinta-feira (21/11).
A Procuradoria-Geral da República (PGR)
e a defesa de Mauro Cid já foram informadas da marcação do depoimento para as
14h.
A audiência foi marcada para analisar as
contradições dos depoimentos de Cid com as investigações da Polícia Federal e
será presidida pelo próprio ministro relator do caso, Alexandre de Moraes.
A medida vem após a PF enviar um
relatório a Moraes apontando omissões e contradições em depoimento dado por Cid
à corporação nesta terça (19).
O documento da PF alega que Cid
descumpriu cláusulas do acordo de delação premiada.
Moraes solicitou à PGR um parecer para
decidir se o acordo será cancelado. Caso a PGR recomende e a análise seja
positiva, ele pode decretar a prisão de Cid, caso a PF formalize o pedido.
Vale destacar que a anulação do acordo
não invalida as provas já obtidas, que seguem válidas mesmo sem a colaboração
de Cid.
Durante o depoimento, Cid negou
conhecimento de um plano para um golpe de Estado em dezembro de 2022, apesar de
uma operação da PF nesta terça que prendeu quatro militares e um policial
federal por planejarem as mortes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do
vice-presidente Geraldo Alckmin e do próprio Moraes.
Investigadores acreditam que Cid omitiu
informações e que, de fato, sabia mais do que relatou.
As investigações mostram troca de
mensagens entre Cid e o general da reserva Mario Fernandes, um dos presos desta
terça, que mencionou o aval de Bolsonaro para ações até o último dia de 2022.
(por g1)
Foto Lula Marques/Agência Brasil
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