quinta-feira, 14 de novembro de 2024

HOMEM DETONA EXPLOSIVOS E MORRE EM FRENTE AO STF

*Dono de carro que explodiu na frente do STF foi candidato a vereador pelo PL
Duas explosões, em um intervalo de cerca de 20 segundos, ocorreram perto do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, no início da noite desta quarta-feira (13/11).
Uma pessoa morreu, e a área foi isolada.

Bombeiros e militares especializados em explosivos foram ao local.

O que se sabe sobre o caso:
*Por volta das 19h30 desta quarta, um carro explodiu no estacionamento que fica entre o STF e o Anexo IV da Câmara dos Deputados.
No porta-malas, havia fogos de artifício e tijolos.
*O veículo tem placa de Rio do Sul, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina.
O dono é Francisco Wanderley Luiz, 59 anos, que foi candidato a vereador pelo PL nas eleições municipais de 2020 e não se elegeu (ele teve 98 votos naquela disputa).
Segundo a Polícia Civil, ele alugou uma casa em Ceilândia, no Distrito Federal, dias atrás.
*Cerca de 20 segundos após o episódio no estacionamento, um homem morreu em uma outra explosão, ocorrida na Praça dos Três Poderes (que fica entre o STF, o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto).
*Segundo o Boletim de Ocorrência da Polícia Civil, a vítima da explosão foi identificada como sendo Francisco Wanderley Luiz, o proprietário do veículo que também explodiu no estacionamento entre o STF e o Anexo IV da Câmara dos Deputados.
*Antes da explosão em frente ao STF, o homem tentou entrar no prédio.
Ele jogou um explosivo embaixo da marquise do edifício, mostrou que tinha artefatos presos ao corpo a um vigilante, deitou-se no chão e acionou um segundo explosivo na nuca.
*Em um relato à Polícia Civil, um segurança do STF afirmou que o homem estava com uma mochila, de onde tirou uma blusa, alguns artefatos e um extintor.
A blusa foi lançada na estátua em frente ao Supremo.
Quando o segurança tentou se aproximar, o homem "abriu a camisa" e o segurança viu algo semelhante a um relógio digital, acreditando ser uma bomba.
Dois ou três artefatos foram lançados pelo homem e estouraram. Depois, ele se deitou no chão, acendeu o último artefato e colocou na cabeça como um travesseiro.
*No Boletim de Ocorrência, também consta que o homem compartilhou mensagens pelo aplicativo WhatsApp que antecipavam o que aconteceu na Praça dos Três Poderes, "manifestando previamente a intenção do autor em praticar o autoextermínio e o atentado a bomba contra pessoas e instituições".
*O esquadrão antibombas foi ao local para fazer uma varredura e verificar a existência de mais explosivos nos arredores, inclusive em veículos e no corpo do homem que morreu.
*No momento do incidente, estavam ocorrendo sessões de plenário na Câmara e no Senado, que foram suspensas.
*A sessão do STF já tinha terminado, e ministros e servidores foram retirados em segurança.
*O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não estava mais no Planalto – e não houve ordem para evacuar o prédio.
A segurança do palácio vai ser reforçada com integrantes do Exército.
*Depois do episódio, ele se reuniu com os ministros do STF Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin no Palácio da Alvorada.
O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, também foi à residência presidencial.
*A PF abriu inquérito para apurar as explosões, que será enviado a Alexandre de Moraes.
*Testemunhas relataram que "o barulho foi muito alto" e que viram "o pessoal correndo".
No momento do ocorrido, a funcionária do Tribunal de Contas da União (TCU) Layana Costa estava em um ponto de ônibus em frente ao STF. Segundo ela, um homem passou, segurando uma sacola, e acenou com "um joinha".
A mulher afirma que, em seguida, ouviu a primeira explosão e, ao olhar para trás, viu que o homem jogou algo perto da estátua da Justiça e logo caiu.
Dono de um food truck que funciona no estacionamento do anexo IV da Câmara, Carlos Monteiro contou ter visto o carro pegando fogo.
"Me informaram que ele parou o carro, tirou as coisas de dentro do porta-mala e desceu com mochila nas costas. E, de repente, a gente escutou as explosões. Quando a gente foi olhar, [havia] um fumaceiro muito forte", descreveu Monteiro.
Em nota, o STF informou que, após a sessão desta quarta, "dois fortes estrondos foram ouvidos e os ministros foram retirados do prédio em segurança".
"Os servidores e colaboradores do edifício-sede foram retirados por medida de cautela."
A Corte afirmou ainda que a segurança do STF colabora com autoridades policiais do DF.
O secretário de Segurança do DF, Sandro Avelar, disse que a Esplanada dos Ministérios foi fechada: "Neste momento, estamos tentando entender o que aconteceu e estamos enviando um efetivo muito grande do batalhão especial da PMDF para fechar parte da Esplanada".
Durante uma entrevista concedida pela deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), por volta das 19h30, no Palácio do Planalto, foi possível ouvir o barulho das explosões.
(Por g1)

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