domingo, 10 de novembro de 2024

MARIA, MESTRA DA ORAÇÃO: FESTA DA PADROEIRA EM BODOCONGÓ

(Pascom)

A comunidade católica do Bairro Bodocongó, em Campina Grande, está vivenciando com muita emoção mais uma festa dedicada a Padroeira Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.
A Paróquia, o Santuário se enchem de uma força indescritível.

(Renato Diniz)
É visível a fé, emoção, esperança e respeito dos fiéis devotos que veneram à Virgem Mãe - a intercessora perpétua que nos socorre.
(Renato Diniz)
Este ano o tema é Maria, mestra da oração!
A festa começou sexta, 08, e vai até à terça, 12.
(Pascom)
MARIA MESTRA DA ORAÇÃO*
A pessoa que ora alimenta a esperança.
Assim foi a vida de Maria que, diante da opressão do seu povo, clamava a Deus por libertação e nutria a esperança do cumprimento da promessa da chegada do Messias, o Salvador: “… o próprio Senhor vos dará um sinal: uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamará ‘Deus Conosco'”.
Aquele que ora tem em seu coração a resposta diante das situações da vida.
E embora possa não compreender, a vida de oração de Maria estabelece uma união e comunhão com Deus, que faz brotar do seu interior uma profecia: “Então, disse Maria: ‘Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra” (cf. Lc 1,38).
A virtude da oração contínua de Maria rega a sua alma no amor a Deus e ao próximo, na alegria e no júbilo que se externizam em seus lábios: “E Maria disse: ‘Minha alma glorifica ao Senhor, meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador’” (cf. Lc 1,46-47).
Maria, mulher de contínua oração, ensina-nos a ser sensíveis à necessidade do outro, pois quem ora exercita a sensibilidade interior que consegue ver com os olhos do coração, e se antecede a Deus intercedendo em benefício: “Como viesse a faltar vinho, a mãe de Jesus disse-lhe: ‘Eles já não têm vinho’” (cf. Jo 2,3).
Oração singela e doce...
Precisamos aprender a rezar com Maria, uma reza de modo simples, porque reza o cotidiano da vida, o hoje, o aqui e o agora; porém, uma oração insistente como fez na expectativa da chegada do Messias, todos os dias ao frequentar o templo elevando a Deus o seu clamor compadecida do seu povo, porém com um coração cheio de fé e esperança.
Rezar com Maria é ter a consciência de que a oração é vital para a vida humana, é como o respirar, é cultivar o nosso diálogo com Deus, que está atento às nossas súplicas e deseja estabelecer conosco comunhão de coração e de alma.
Maria é um modelo a seguir, pois foi ela a educadora por excelência de Jesus, que O ensinou a rezar, a estar na constantemente na presença do Pai.
Aprendamos a rezar com Maria, que bem soube rezar a vida de Nazaré ao Calvário, da Ressurreição ao Cenáculo.
Desse modo, em cada circunstância da vida estaremos em contínua oração; ora no júbilo em Deus como no Magnificat, ou na aflição como ela ao perder o Filho no templo; ou em Caná ao interceder pelos que precisam; às vezes, em lágrimas diante da dor, porém de pé como Maria aos pés da cruz.
Também nas vitórias da vida, como ela ao ver o seu Filho vencendo a morte com a ressurreição, e sempre deixando-se conduzir pelo Espírito Santo numa oração profética e ousada sem medo das adversidades da vida, numa oração que se põe a caminho para servir como fez Maria ao visitar a sua prima Isabel.
Ou como evangelizador incansável que deseja ardentemente anunciar Jesus e a vida nova que Ele veio nos trazer, para que cada um cresça em estatura e graça diante de Deus.
Maria, nossa Mãe e mestra, ensina-nos a rezar!
NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO**
A devoção a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro começou a ser propagada a partir de 1870 e espalhou-se por todo o mundo.
Trata-se de uma pintura do século XIII, de estilo bizantino.
História
Segundo a tradição, foi trazida de Creta, Grécia, por um negociante que roubou a imagem de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro no século XV.
Sua intenção era vendê-la em Roma.
Durante a travessia do mar Mediterrâneo, uma tempestade quase fez o navio naufragar.
Chegando em Roma, ele adoeceu e, arrependido, contou a um amigo sua história e pediu que ele devolvesse o ícone a uma Igreja.
A esposa desse amigo não quis devolvê-la, mas, após ficar viúva, Nossa Senhora apareceu à sua filha de seis anos e lhe disse para colocar o quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro em uma Igreja: na Igreja de São João Latrão ou na de Santa Maria Maior.
Em 27 de março de 1499, o ícone foi entronizado na Igreja de São Mateus, ficando lá por mais de 300 anos.
Ícone esquecido
Em uma invasão, a Igreja de São Mateus foi destruída.
Os Agostinianos que guardavam a Obra, levaram-na para um lugar oculto, onde permaneceu esquecida por 30 anos.
Um monge muito devoto, antes de morrer, contou a história a um coroinha, que, tempos depois, se tornou padre Redentorista e ajudou a reencontrar o ícone.
Reencontro
Em 1866, o Papa Pio IX entregou a guarda da imagem aos Redentoristas e fez esta recomendação: “Fazei com que todo o mundo conheça esta devoção”.
Fizeram, então, muitas cópias do ícone e a difundiram por todas as partes do mundo.
Atualmente, o quadro original encontra-se na Igreja de Santo Afonso, em Roma.
Imagem
De semblante grave e melancólico, Nossa Senhora traz, no braço esquerdo, o Menino Jesus, ao qual o Arcanjo Gabriel apresenta quatro cravos e uma cruz.
Ela é a senhora da morte e a rainha da vida, o socorro seguro e certo dos que a invocam com amor filial.
O centro da pintura não é Nossa Senhora, e sim Jesus.
Maria é, assim, “aquela que indica o caminho” ou como é mais conhecida: “a via de Cristo”.
*Texto “Maria mestra da Oração” de Nilza Pires Corrêa Maia – Comunidade Canção Nova;
**Texto “Nossa Senhora do Perpétuo Socorro” de Catarina Xavier – Comunidade Canção Nova
(Por www.renatodiniz.com)

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