*Facção usou a senha de um servidor, que
foi preso hoje
Um servidor do Ministério Público de São
Paulo (MP-SP) foi preso nesta quinta-feira (28/11) numa operação do órgão que
investiga o vazamento de dados sigilosos de processos na Justiça para membros
do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Além do funcionário do Ministério
Público, outra pessoa, que não teve a identidade revelada e é alvo de outro
mandando de prisão, também é investigada por suspeita de envolvimento no
vazamento de informações processuais que envolviam integrantes da facção
criminosa.
A Justiça determinou também o
cumprimento de cinco Mandados de Busca e Apreensão em locais relacionados aos
alvos da ação.
A Polícia Militar (PM) participa da
operação dando apoio ao MP na capital paulista, e em outras duas cidades, uma
na Grande São Paulo e outra no interior do estado.
Os nomes dos demais municípios não foram
divulgados.
Segundo o Grupo de Atuação Especial de
Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP, criminosos e advogados usaram a
senha de um servidor para acessar dados processuais no sistema do Tribunal da
Justiça (TJ) paulista.
Mais de cem acessos a partir da mesma
senha do servidor foram identificados e os promotores apuram quais processos de
fato foram vazados.
Entre os crimes apurados estão os de
obstrução da Justiça, violação de sigilo e corrupção.
A investigação mostrou por exemplo que
as informações de um dos processos foram vendidas para um advogado e repassadas
para o crime organizado.
Além de acessar ilegalmente os dados
sigilosos, criminosos e advogados usavam as informações vazadas para obstruir e
prejudicar investigações do Ministério Público e da Polícia Civil.
Procurada pela reportagem para comentar
o assunto, o Tribunal de Justiça informou, por meio de sua assessoria de
imprensa, que "não se manifesta sobre investigação em curso nem sobre questões
jurisdicionais."
(Por g1)
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