*Vítima foi atingida na cabeça, mas foi
socorrida ainda consciente.
*Intenção era atirar primeiro em
professora, mas arma falhou
Um estudante de 18 anos de idade foi
ferido com um disparo de revólver na cabeça dentro de uma escola pública em
Natal/RN na manhã desta terça-feira (17/12).
Uma aluna de 19 anos foi presa em flagrante.
A intenção dela era matar uma professora,
mas acabou ferindo o estudante.
uma testemunha disse que a autora entrou
na sala, mirou na cabeça de uma professora e tentou atirar, mas a arma falhou:
"quando falhou, ela chegou atirando em quem estava na frente dela,
que era quem foi baleado."
Ele foi socorrido pelo SAMU e levado para um
hospital e não corre risco de morrer.
De acordo com a técnica de enfermagem, o
jovem ferido estava consciente no momento em que foi socorrido e relatou como o
crime aconteceu.
“Ele estava consciente, ele relatou
que foi uma menina que entrou, a colega dele da sala de aula, entrou em surto
com uma arma na mão e saiu disparando; e uma das balas acertou ele na cabeça.
Mas aí foi muito tumulto na hora e ele não soube explicar mais o acontecido”,
disse.
Ainda de acordo com a profissional, o
disparo de arma de fogo atingiu o rapaz na cabeça, mas a bala não ficou
alojada.
"Tem orifício de entrada e
orifício de saída, a bala não ficou alojada. No momento, ele estava consciente,
orientado, apresentou quadros de vômito. Fez tomografia, foi avaliado pelo
neuro e está tudo bem com o estado de saúde dele", afirmou.
O pai do estudante afirmou que não houve
danos graves e que o menino ficará em observação no hospital.
"Provavelmente amanhã ou
depois, se tudo der certo, se Deus quiser, ele vai voltar para casa".
O crime ocorreu na Escola Estadual Berilo
Wanderley, localizada no Bairro Neópolis.
Com a acusada foram encontrados um revólver
calibre “38”, três facas e um bilhete onde ela relatava a intenção do
homicídio.
A aluna foi autuada por tentativa de
homicídio qualificado.
Um estudante que estava em uma das salas
de aula da escola contou à reportagem do Jornal da Band que ouviu o disparo e
viu a colega apontar a arma para a professora.
“A gente estava na sala prestes a
fazer a prova e ela chamou as amigas dela para conversar com ela. Passou um
curto tempo de um minuto e a gente só escutou o disparo. A gente não sabia ao
certo se era um disparo, a gente pensou que era uma bomba. Ela entrou na sala
armada, apontou na cabeça da professora, só que a arma falhou. No que falhou,
ela virou as costas para tentar correr, e o menino lá da sala pulou em cima
dela e conseguiu apartar ela", relatou o aluno, que pediu para não
ser identificado.
O advogado, professor de
Direito da UNIFACEX, escritor e palestrante Cyrus Benavides (@cyrusbenavides)
escreveu uma crônica no seu instagram sobre o triste episódio:
“Quem poderia imaginar que um dia nos
depararíamos com uma manchete como essa?
Tão jovem.
Um rosto que ainda carrega traços
de inocência.
Sem nenhum antecedente criminal.
Vivemos em um mundo profundamente
adoecido.
Crianças crescendo sem lares que
sejam refúgios de amor, sem o colo que conforta, guia e educa.
O que sobra?
Mágoas, rancores, traumas não
resolvidos.
E essas feridas se transformam em
explosões de agressividade, em atos de violência, em crimes que abalam a todos
nós.
Saldo triste de hoje: um estudante
baleado na cabeça.
Uma professora quase atingida e uma
escola inteira com medo.
É urgente.
Precisamos ensinar nossos jovens a
amar a Deus acima de todas as coisas.
Precisamos estar presentes.
Precisamos de proximidade real com
nossos filhos, para enxergar, com clareza, os caminhos que eles estão
trilhando.
Nunca é tarde.
Nunca será tarde para salvar um
jovem, para resgatar um filho que se perdeu.
Como advogado, analiso friamente as
penas que ela provavelmente terá que cumprir.
Mas, como ser humano, fico tomado
pela reflexão de como chegamos até aqui.
E você? Qual é a sua parte nesse
mundo que tanto precisa de cura?”
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