O Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, pertencente à rede estadual de saúde e gerido pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde (PB Saúde), realizou nesta quarta-feira (04/12) o primeiro procedimento de ablação por campo pulsado da Paraíba.
A técnica é uma inovação
no tratamento da fibrilação atrial, a arritmia cardíaca mais comum no mundo, e
chega como uma solução mais segura e eficaz em relação aos métodos
tradicionais.
O procedimento foi realizado na
hemodinâmica do hospital, pela equipe de eletrofisiologistas Renner Raposo,
Daniel Moura, André Queiroga e Júlio Silveira.
A tecnologia utilizada foi cedida por
uma empresa que trouxe o método ao Brasil e doou os kits necessários para a
execução.
“Essa técnica é revolucionária, pois utiliza
o campo pulsado para criar lesões no músculo cardíaco de forma direcionada.
Isso protege outras estruturas, como o esôfago e os nervos, oferecendo mais
segurança ao paciente. Além disso, o procedimento é mais rápido do que os
métodos tradicionais, como a radiofrequência, em que utilizamos a radiação para
esquentar o músculo, ou a crioablação, que é quando utilizamos a resfriação
para o procedimento”, explicou o eletrofisiologista Renner Raposo.
O paciente beneficiado pela nova
tecnologia foi Carlos Eduardo Ribeiro da Silva Leite, de 44 anos, morador de
João Pessoa.
Ele compartilhou sua confiança no
procedimento: “Eu não sentia nada, e através de um exame de rotina, fui diagnosticado
com essa arritmia no coração. Solicitei autorização, foi concedida e agora é só
passar pelo procedimento. A expectativa é 100%, creio que vai dar tudo certo, e
só tenho a agradecer a Deus, ao Estado da Paraíba e ao Hospital Metropolitano
pelo acolhimento e assistência”.
A fibrilação atrial é uma condição que,
mesmo em pacientes aparentemente assintomáticos, pode causar sérias
complicações.
Quando não tratada, a fibrilação atrial está associada a diversos
riscos para a saúde, como acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência
cardíaca.
Detectar e tratar a condição
precocemente pode fazer a diferença na qualidade de vida dos pacientes.
“Pacientes podem achar que estão bem, mas
quando revertemos a arritmia e o coração volta a bombear adequadamente, eles
relatam uma melhora significativa na qualidade de vida. Estudos mostram que
tratar a fibrilação atrial no primeiro ano do diagnóstico reduz o risco de
internações e AVC”, disse Renner.
A diretora-geral do Hospital
Metropolitano, Louise Nathalie, ressaltou o impacto dessa conquista para a
saúde pública da Paraíba: “Esse procedimento é mais um marco que
demonstra o compromisso do Hospital Metropolitano em trazer inovações que
realmente fazem a diferença na vida dos pacientes. É uma honra sermos pioneiros
na realização de uma técnica que oferece mais segurança e qualidade no
tratamento da fibrilação atrial. Estamos avançando no cuidado humanizado e de
alta complexidade”.
(SECOM)
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