A Polícia Federal acionou a Interpol sobre o desaparecimento do paraibano André Alves do Nascimento, de 35 anos, que estava fazendo um mochilão pela Europa.
O brasileiro está desaparecido desde o dia
6 de novembro deste ano, quando fez o último contato com a família em Paris, na
França.
Desde então, não há mais notícias sobre ele.
Segundo o delegado regional da Polícia
Federal na Paraíba, Guilherme Torres, todos os registros necessários sobre o
desaparecimento foram feitos e uma notificação foi enviada à Organização
Internacional da Polícia Criminal (Interpol).
Torres também explica que, inicialmente, a
Interpol buscará informações em sistemas abertos do país onde ele foi
localizado pela última vez, como hospitais e hospedagens.
Em uma segunda etapa, após um certo
período, a Polícia Federal fará uma difusão amarela, que notificará os países
membros da Interpol sobre o desaparecimento do brasileiro.
A notificação seguirá até que André Alves
seja localizado.
O delegado Guilherme Torres ainda orienta
que familiares de pessoas desaparecidas em outros países procurem a Polícia
Federal para registrar o caso.
Ele explica que a Polícia Federal é a
representante da Interpol no Brasil.
Em nota, o Ministério das Relações
Exteriores afirmou que, por meio de sua rede consular na Europa, tem
conhecimento do caso, está em contato com as autoridades locais e está
prestando assistência consular aos familiares do brasileiro.
No entanto, por causa da Lei de Acesso à
Informação, não poderia fornecer mais detalhes sobre o caso.
ENTENDA O DESAPARECIMENTO
André Alves do Nascimento é paraibano, mas
morava há pelo menos 15 anos no município catarinense de Joinville.
Quem fala sobre o caso é a mãe e a irmã de
André, Maria de Lourdes e Andreia Alves do Nascimento respectivamente.
Elas ainda moram em Campina Grande, na
Paraíba, e se declaram totalmente apreensivas e preocupadas com o
desaparecimento.
De acordo com os familiares, André Alves
chegou a Paris no dia 4 de novembro.
Nas primeiras horas da manhã pelo horário
brasileiro, mandou mensagem para a mãe informando que já estava na capital
francesa.
Essa troca de mensagens se repetiu no dia
5 e no dia 6.
Nesse último dia, inclusive, avisou que
ainda estava em Paris, mas a caminho de Amsterdã, nos Países Baixos.
Foi a última mensagem enviada pelo filho.
Andreia, a irmã, diz que a partir do dia
8, quando um amigo de André disse que também não conseguia se comunicar com
ele, a família começou a se mobilizar.
E a se preocupar.
Inicialmente, prestou um boletim de
ocorrência na Polícia Civil da Paraíba.
A partir daí, buscou o Itamaraty, que
intermediou buscas em hospitais, prisões, IMLs em busca de informações sobre o
paraibano.
Não teve êxito.
Por fim, a Polícia Federal e a Interpol
também foram comunicadas no desaparecimento, ainda de acordo com Andreia.
O retorno de André estava previsto para 18
de novembro, mas 23 dias depois ainda não há registros sobre um eventual
retorno dele ao país.
(Do g1 PB)
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