O policial militar que jogou um homem da
ponte, na zona Sul de São Paulo, foi preso na manhã desta quinta-feira (05/12).
A informação foi divulgada pela CNN
Brasil.
O soldado Luan Felipe Alves Pereira está
detido na sede da Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo.
O Tribunal de Justiça Militar aceitou o
pedido de prisão realizado pela Corregedoria nesta quarta (04).
Ele já estava afastado das atividades
operacionais desde a tarde de terça-feira (3).
Além dele, outros 12 agentes também
seguiram a determinação da Secretaria de Segurança Pública (SSP).
Um vídeo flagrou o policial jogando um
motociclista de uma ponte no bairro Vila Clara, na região de Cidade Ademar.
Luan e os outros militares pertencem ao
24º Batalhão de Diadema.
A CNN apurou que Luan Pereira ficará
preso no Presídio Militar Romão Gomes, na zona Norte de São Paulo.
Em depoimento, o policial afirmou que o
objetivo dele era imobilizar o homem após ele ter, supostamente, resistido a
uma abordagem policial. Segundo o PM, a intenção era jogá-lo no chão – e não do
muro.
A Justiça elencou ao menos sete
argumentos para manter o policial preso preventivamente.
O militar já foi acusado pela morte de
um suspeito com 12 tiros após uma perseguição em Diadema, na Grande São Paulo.
O caso, que inicialmente tramitou na
Justiça Militar, foi encaminhado à Justiça comum, sob suspeita de homicídio
doloso, mas acabou arquivado em janeiro deste ano.
Nesta quarta-feira (04), em entrevista à
CNN, o comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo, coronel Cássio Araújo
Freitas, afirmou que todos os episódios de violência policial ocorridos nos
últimos dias estão em apuração rigorosa por parte da Corregedoria da
corporação.
“Os
erros foram pessoais e pontuais, e a responsabilidade é da instituição. Por
isso que a instituição está apurando, seja através de inquéritos policiais
militares, seja através de sindicâncias”, destacou.
Em nota, a defesa do policial Luan
Pereira informou que a “prisão demonstra
que há uma antecipação de culpa”.
Leia abaixo o comunicado na íntegra:
“Ainda
não tivemos acesso a íntegra da decisão, que está em segredo de justiça. Mas
essa prisão demonstra que há uma antecipação de culpa. O policial está à
disposição da Justiça, mas a prisão preventiva só atendeu a um clamor social,
transformando uma prisão processual em uma prisão pena. Essa prisão não atende
os requisitos, porque o soldado tem residência fixa, estava cumprindo
expediente na Corregedoria todos dias, se apresentou espontaneamente e tem
contribuído com a investigação”.
O advogado do PM ainda confirmou a
prisão e afirmou que entrará com um pedido de soltura.
ENTENDA
O CASOSegundo informações apuradas pela CNN, o
caso teria ocorrido na madrugada desta segunda-feira (02), na região de Cidade
Ademar, zona sul da cidade.
Nas imagens, é possível ver um policial
pegando uma moto que está no chão e levantando.
Outros dois agentes se aproximam.
Depois, o primeiro PM encosta a moto
perto da ponte.
Na sequência, um quarto policial militar
chega trazendo o homem.
Ele se aproxima da beirada da ponte, segura o homem
pela camiseta e o joga no rio.
De acordo com apuração da CNN, o homem
jogado seria um motociclista que teria fugido de uma abordagem da PM em
Diadema, no ABC.
Os policiais que aparecem nas imagens
pertencem ao 24º Batalhão de Diadema.
Além da apuração da Corregedoria, o caso
é investigado em inquérito policial pela Polícia Civil, por meio da Central
Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco) da 2ª
Seccional que atua para localizar e ouvir a vítima.
(CNN)
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