Um sistema de defesa russo foi o responsável pela queda do avião fabricado pela Embraer na quarta-feira (25/12) no Cazaquistão, afirmou nesta quinta-feira (26) a agência Reuters com base em quatro fontes da investigação sobre o caso e uma do governo dos Estados Unidos.
A aeronave, da Azerbaijan Airlines, caiu
perto da cidade de Aktau, no Cazaquistão.
O voo ia para a cidade de Grózni, na
Rússia.
Das 67 pessoas a bordo, 38 morreram.
Segundo a Reuters, quatro integrantes da
investigação que está sendo feita pelo Azerbaijão, de onde o voo saiu,
afirmaram à agência que um sistema de defesa russo fez disparos que atingiram o
avião — na quarta, quando a aeronave caiu, havia relatos de que drones
militares ucranianos sobrevoavam a região onde houve a queda, perto do sul da
Rússia.
Um oficial do governo dos Estados Unidos
também disse à Reuters que "indicações preliminares" apontam para o
sistema de defesa russo.
Segundo resultados preliminares da
investigação, o avião foi atingido Pantsir-S, um sistema de defesa aéreo russo,
disseram ainda as fontes à Reuters.
Além do choque, o GPS do avião também
foram paralisados por sistemas de guerra eletrônica na aproximação de Grozny,
também de acordo com a agência.
As fontes afirmaram ainda que o ataque ao
avião não foi intencional, e que militares russos achavam se tratar de drones
ucranianos.
Questionado sobre a hipótese, o
vice-primeiro-ministro do Cazaquistão disse que seu governo "não confirma
nem nega" que o míssil russo tenha sido a causa da queda.
Imagens do avião divulgadas na
quarta-feira mostraram orifícios na cauda, e um site de monitoramento de voos indicou
também que a aeronave sofreu interferência no GPS que a fez oscilar de altitude
por mais de uma hora.
Nenhum dos três países que investigam o
caso — Rússia, Cazaquistão e Azerbaijão — haviam comentado a informação até a
última atualização desta reportagem.
Nesta manhã, o porta-voz do Kremlin disse
que Moscou não vai especular e que esperará as conclusões de uma investigação
própria.
Na quarta-feira, a Rússia chegou a dizer
que o avião se chocou contra pássaros e, depois, que enfrentou forte neblina.
O chefe do Parlamento do Cazaquistão,
Ashimbayev Maulen, também afirmou nesta quinta-feira que as causas da queda
seguiam desconhecidas, mas prometeu que nenhum dos três países ocultará
informações.
"Nenhum desses países está
interessado em esconder informações.
Todas as informações serão
disponibilizadas ao público," afirmou Maulen.
(Do g1)
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