segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

100 ANOS DA MENOR CAPELA DO MUNDO: NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO, EM ESPERANÇA

A Capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro - a menor Igreja Mariana do mundo – está completando 100 anos.
A icônica construção está edificada num lajedo na cidade de Esperança, no Agreste.

Desde o dia 18 até esta terça, 21 de janeiro está acontecendo o tríduo em honra a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

Nesta terça, às 16h, será celebrada a Santa Missa.
Veja o que escreveu o poeta e escritor *Rau Ferreira em historiaesperancense.blogspot.com em 22 de maio de 2018:
A Capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro está erigida sob um imenso lajedo, denominado pelos indígenas de Araçá ou Araxá, que na língua tupi significa "lugar onde primeiro se avista o sol".
O local em tempos remotos foi morada dos Índios Banabuyés e o Marinheiro Barbosa construiu ali a primeira casa de que se tem notícia no município, ainda no Século XVIII.
Diz a história que no final do século passado houve um grande surto de cólera causando uma verdadeira pandemia.
Dona Esther (Niná) Rodrigues, esposa do Ex-prefeito Manuel Rodrigues de Oliveira (1925/29), teria feito uma promessa e preconizado o fim daquele mal.
Alcançada a graça, fez construir aquele símbolo de religiosidade e devoção.
Dom Adauto Aurélio de Miranda Henriques, Bispo da Paraíba à época, reconheceu a graça e concedeu as bênçãos ao monumento que foi inaugurado pelo Padre José Borges em 1º de janeiro de 1925.
A pequena capela está erigida no bairro da Beleza e sua entrada se dá pela Rua Barão do Rio Branco.
Nele encontramos uma lápide com a inscrição que motivou a sua construção
o historiador Martinho Júnior em seu belo trabalho para a Universidade Estadual da Paraíba, cuja síntese transcrevo a seguir:
Obelisco Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
Existe no município de Esperança, aqui na Paraíba, um obelisco em homenagem a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, construído em 1925 em virtude de uma promessa da senhora Ester Fernandes de Oliveira, (conhecida por dona Niná), esposa do sr. Manoel Rodrigues, um grande comerciante do ramo de tecidos, que também tinha sua criação de gado, e foi o primeiro prefeito da cidade.

O cumprimento da promessa foi com a aprovação e benção de D. Adaucto, Arcebispo da Paraíba e Padre José Borges, com o povo.
Existiu um fato relacionado a este referido monumento, um episódio que envolveu o Papa: na época o Padre João Honório retirou sem nenhuma justificativa, a imagem de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro; um dos filhos de dona Ester Fernandes de Oliveira, Nilson Fernandes de Oliveira que era aviador da empresa aérea Cruzeiro do Sul, aproveitando sua rota ao passar em Roma, conseguiu uma audiência com o Papa da época na qual relatou o ocorrido com a estátua. Seu entendimento resultou na devolução da imagem ao seu lugar de direito.
O que ocorre até hoje em torno deste monumento é a visitação por parte de devotos da santa, inclusive atrai a atenção de desenhistas, trata-se de uma construção de tamanho considerável até para os dias atuais, além de estar situada num local alto que proporciona uma vista interessante, o chão nas proximidades da ‘capelinha’ é todo de pedra.
Segundo o depoimento do sr. Martinho Soares dos Santos, um hino foi composto pelo músico Sebastião Florentino, conhecido por Basto de Tino, em homenagem à santa, a letra foi lembrada pela seresteira Vitória Régia Coelho” (Fonte: Trabalho apresentado em cumprimento à disciplina “Memória e Cultura Urbana do Brasil”, ministrado pela Professora Maria José Oliveira – UEPB, DHG).
*Rau Ferreira:
Poeta e Escritor
Academia Campinense de Letras
Instituto Histórico e Geográfico de Esperança
Instituto Histórico e Geográfico de Areia
Instituto Histórico de Campina Grande

(por www.renatodiniz.com)

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