Policiais da Delegacia de Roubos e Furtos prenderam
mais um acusado de envolvimento com o sequestro de um empresário (avicultor)
ocorrido na noite de 08 de setembro do ano passado no Bairro Santo Antônio, em
Campina Grande.
Ele é o quinto preso envolvido no caso.
O empresário foi liberado na madrugada do
dia seguinte após pagar resgate de cerca de “500 mil reais”.
O acusado tem 20 anos, foi preso no Bairro
de Bodocongó e, conforme a DRF, dirigia o Jeep Renegate e foi ele que realizou
a abordagem ao empresário.
O acusado afirmou, segundo a PC, que “ficou
com 20 mil reais” e usou o cartão de crédito da vítima.
ENTENDA TUDO QUE ENVOLVE O
SEQUESTRO...
A vítima sequestrada na noite de 08 de
setembro quando chegava em casa no Bairro Santo Antônio, é um avicultor de 62
anos de idade.
Entre os dias 15 e 22 de setembro os PCs
da DRF prenderam três CACs envolvidos com o crime, dois deles são irmãos.
Um resgate de 500 mil reais teria sido
pago.
AS PRISÕES...
A primeira prisão ocorreu dia 15 de
setembro...
“Foi possível observar também pelas
imagens que junto a esse Jeep estaria também dando apoio um veículo Agile de
cor vermelha (que foi a partir desse Agile que toda a investigação começou a
acontecer. Uma vez que o Jeep estava com a placa clonada e o Agile estava
registrado em nome de um cidadão de 36 anos, aqui da cidade de Campina Grande,
que por sinal já foi alvo da Polícia Federal o ano passado, tendo sido preso
por organização criminosa por tráfico de drogas e vendas de armas de fogo de
forma ilegal);
Foi representado pela Prisão
Preventiva e Busca na residência do homem e foi efetuado o cumprimento desse
Mandado, assim como foi apreendido o material de armamento e munições e
acessórios na casa dele;
Ele já estava com o direito de ter
essas armas, caçado (não poderia estar com elas)”, disse a
delegada Elizabeth Beckham.
O primeiro homem preso negou envolvimento.
“Em relação ao envolvimento, ele
nega toda a participação, inclusive o veículo de Agile de cor vermelha (que foi
aprendido) diz que não era o veículo dele, porém tem características muito
específicas no veículo que são percebidas na imagem, como farol, placa, algumas
falhas que tem no veículo, então todas são percebidas nas imagens, o que
confirma a participação do veículo registrado em nome dele;
E em relação ao material, ele alega
que, apesar dessa restrição de direito (pela ação da Polícia Federal), teria
recorrido por meio dos seus advogados essa decisão, e por isso esse material
está em seu poder”.
Em princípio as acusações contra o homem
são de extorsão mediante sequestro e pela posse de armas.
A segunda prisão ocorreu dia 17 de
setembro...
O homem preso tem 54 anos e é o dono da
granja (que serviu como cativeiro) onde o empresário passou cerca de 20 horas
amordaçado, amarrado e ameaçado pelos sequestradores.
O homem foi preso no Bairro Cruzeiro, em
Campina Grande.
A DRF recolheu facas de caça e outros
materiais.
O homem também negou envolvimento.
“A
partir dessas novas investigações foi possível identificar o local do cativeiro
(uma propriedade rural na área de Lagoa Seca) e a partir então verificamos quem
seria o seu proprietário;
Verificamos o sistema de internet e
fizemos uma breve análise eletrônica (uma vez que foi tudo muito rápido) e
chegamos a esse indivíduo de 54 anos que foi preso na tarde de ontem (acusado
de participação, também, nessa organização criminosa);
Foi possível verificar pela oitiva
(pelo interrogatório do próprio preso) que ele tem uma relação de mais de dez
anos com o primeiro preso no último domingo e ele também CAC que ele tem
registro de armas, inclusive, ele tem registrado em nome dele um rifle 22 e uma
pistola;
Ontem foi dado também cumprimento a
três Mandados de Busca e essas armas elas não foram localizadas (uma vez que
ele tem esse registro, como registro é de posse, as armas deveriam estar no
endereço registrado) e, uma vez que elas não foram localizadas, ele também foi
autuado em flagrante pela ocultação de arma de fogo de uso permitido”, disse a
delegada Elizabeth Beckham.
“As diligências foram realizadas
pelas equipes de investigadores, uma vez que desde a data do fato fazíamos uma
varredura no local, juntamente com a equipe da Seccional de Esperança;
Foi utilizado drones e os
equipamentos para poder fazer o levantamento aéreo do local;
Os investigadores, diante das
características repassadas pela vítima, conseguiram identificar essa
propriedade rural e a vítima foi levada novamente ao local e confirmou com 100%
de certeza que era aquele local onde ela se encontrava, inclusive ela conseguiu
identificar pontos específicos, situações específicas, o colchão, algumas
cerâmicas, alguns pontos daquele cômodo em que ficou durante 20 horas nas mãos
dos criminosos”.
A terceira prisão ocorreu dia 22 de
setembro...
Policiais da Delegacia de Roubos e Furtos
de Campina Grande prenderam no Bairro Bodocongó o terceiro envolvido no
sequestro e extorsão de um empresário avicultor, de 62 anos.
Além da Prisão Preventiva, os PCs
cumpriram um Mandado de Busca.
Ele tem 32 anos de idade e é irmão do
primeiro envolvido (de 36 anos) que foi preso no dia 15.
A DRF apreendeu duas pistolas Taurus, uma
“380” e “9mm”.
Um carro também foi apreendido, um veículo
Fiat Siena de cor branca utilizado pelo bando para pegar o dinheiro do resgate
pelo sequestro do empresário.
A quarta prisão em 14 de novembro...
No dia 14 de novembro uma mulher de 25
anos de idade foi presa pelos PCs da Delegacia de Roubos e Furtos.
Ela foi quarta pessoa presa investigada no
crime, antes a DRF já havia prendido três CACs envolvidos com o sequestro e
extorsão.
Dois deles são irmãos.
Informações obtidas pelo
www.renatodiniz.com são de que no curto
período em que o empresário ficou encarcerado numa chácara entre Lagoa de Roça
e Lagoa Seca, “o companheiro da mulher pegou o cartão de crédito do
empresário (não achando suficiente o pagamento do resgate) e deu esse cartão
para a mulher fazer compras (fazer feira, comprar fralda, porque ela estava
grávida), e a gente a identificou numa imagem de uma farmácia, ela comprando
fraldas no cartão do empresário, que estava ainda estava sequestrado”,
disse o delegado Demétrius Patrício.
O PAGAMENTO DO RESGATE...
Conforme a DRF, os sequestradores pediram
“50 milhões de reais” para liberar a vítima, no entanto não foi esse o valor
pago aos criminosos.
O valor total pago foi de “500 mil reais”
em espécie, sendo um montante de “100 mil reais” e outro montante de “400 mil
reais”.
O pagamento foi realizado duas vezes a
mesma pessoa na madrugada da segunda (09) em frente ao Hospital de Trauma,
porém esses detalhes ainda não foram confirmados pelo DRF.
Sobre esse pagamento a delegada disse que
“a entrega do resgate foi desde a data, de fato, entre o dia 8 e o dia 9. Foi
feita a entrega de uma quantia considerável que não foi divulgada. Esse valor
foi pago em espécie. Foi mantido contato com o filho da vítima e, após a
entrega do segundo resgate, a vítima foi liberada na condição de que a família
conseguisse o restante do valor exigido”.
Vale salientar que a Polícia só tomou
conhecimento do crime após os pagamentos.
O boletim foi registrado no dia seguinte.
(Por www.renatodiniz.com)
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