Depois de 467 dias de guerra na Faixa de
Gaza e quase 48 mil mortos, Israel e Hamas chegaram a um acordo para um
cessar-fogo no conflito nesta quarta-feira (15/01).
O tratado entra em vigor no domingo (19).
Desta vez, no entanto, a proposta é aplicar medidas que levem ao fim total do conflito, em fases.
O acordo prevê a libertação gradual de todos os cerca de cem reféns que ainda estão sob controle do Hamas, a retirada das tropas israelenses de Gaza e planos para o futuro do território, além da libertação de palestinos presos em presídios israelenses.
Na primeira etapa do acordo, 33 reféns mantidos sob o poder do Hamas serão libertados e devolvidos para Israel.
O cessar-fogo foi anunciado em Doha pelo primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman.
O país foi um dos mediadores das negociações, junto de Egito e Estados Unidos.
Durante o anúncio oficial, Abdulrahman pediu para que todas as partes cumpram o que foi acordado.
O primeiro-ministro do Catar também pediu por calma em Gaza até domingo, quando o cessar-fogo começará.
Quem administrará Gaza após a guerra é uma incógnita nas negociações.
Israel afirmou que não encerrará a guerra com o Hamas no poder. Também rejeitou que Gaza seja administrada pela Autoridade Palestina, entidade apoiada pelo Ocidente e criada sob os acordos de paz provisórios de Oslo, há três décadas, que exerce soberania limitada na Cisjordânia ocupada.
Israel declarou desde o início de sua campanha militar em Gaza que manterá o controle de segurança sobre o enclave após o fim dos combates.
O conflito na Faixa de Gaza começou quando terroristas do Hamas fizeram uma invasão inesperada ao sul de Israel, matando mais de 1.200 pessoas e sequestrando mais de 200.
No mesmo dia, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou guerra ao Hamas, que governava a Faixa de Gaza.
Gaza é um território palestino reivindicado para a criação de um Estado próprio, junto com a Cisjordânia.
Somente em Gaza são mais de 46 mil mortos sendo a maioria mulheres e crianças, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).
O acordo anunciado nesta quarta-feira prevê a entrada de mais ajuda humanitária ao território.
(g1)
Fotos: Kai Pfaffenbach/Reuters e Omar Al-Qattaa/AFP
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