sábado, 11 de janeiro de 2025

TRAFICANTES USAM CARTÃO DE JOVEM APÓS ESQUARTEJÁ-LO E POSTAR VÍDEO

(Coelhão e Lacoste: um executou as ordens do outro)

Traficantes do morro da Serrinha, em Madureira, que mataram e esquartejaram um jovem do morro do Fubá, em Cascadura, ainda utilizaram o cartão da vítima após cometerem o crime.
"Após a morte da vítima, os cartões bancários foram utilizados totalizando um valor de ‘300 reais’ em compras", afirmou a delegada Elen Souto, da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA).

Matheus: morto porque trabalhava em comunidade vizinha
A Polícia Civil indiciou seis traficantes pela morte de Matheus Andrade de Freitas.
Depois de matarem o jovem, os criminosos ainda postaram o vídeo nas redes sociais.
O caso ocorreu no dia 26 de outubro, quando traficantes da Serrinha invadiram o morro do Fubá.
O motivo do crime, segundo a Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), foi porque Matheus vivia e trabalhava em uma comunidade inimiga do Terceiro Comando Puro.
"Matheus foi criado no morro do Fubá e muitos amigos passaram a integrar o tráfico. Um mês antes de desaparecer, tornou-se sócio de uma pizzaria na entrada da comunidade Jorge Turco, dominada pelo Comando Vermelho", explicou a delegada titular, Elen Souto.
O vídeo viralizou e se tornou motivo de irritação para William Yvens da Silva, o traficante Coelhão, um dos chefes do tráfico na Serrinha.
Ele mandou um áudio para os integrantes do bando, reclamando da atitude dos traficantes:
"Como um vídeo desse vai vazar, mano? Como vai, como, explanar um vídeo desses, mano? Cortando os outros, mano. Pô, tá de brincadeira, mano".
Coelhão é homem de confiança de Wallace Brito Trindade, o Lacoste, o principal traficante do Complexo da Serrinha.
Ele foi acusado de mandar torturar mulheres, raspando seus cabelos e colando tampinhas em suas cabeças.
Traficantes usam drones para monitorar operação da PM na Serrinha, em Madureira
Lacoste e Coelhão ainda exigiram que olheiros do tráfico usem drones para monitorar a movimentação da Polícia Militar na região.
Com os indiciamentos, Lacoste e Coelhão passam a ter, respectivamente, 7 e 3 mandados de prisão em aberto.
O vídeo, segundo a polícia, fez com que o inquérito fosse encerrado em três meses.
Ainda durante esse vídeo de esquartejamento faz exaltação ao chefe, que vem a ser o Lacoste”, explicou Elen Souto.
(g1 RJ)

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