A partir do momento em que tomou conhecimento da morte do policial militar em Montadas, a 12ªDelegacia Seccional de Polícia Civil em Esperança montou um cerco investigativo que em menos de 24 horas desvendou a trama.
Foi uma busca incessante colhendo todas e
qualquer pistas que pudessem elucidar o crime.
Durante entrevista coletiva na Cidade da Polícia
Civil em Campina Grande, nesta segunda-feira (10/02) o delegado seccional
Danilo Orengo (12ªDSPC/Esperança) fez um relato sobre toda investigação que
resultou na elucidação e captura dos envolvidos na morte do sargento Wemison da
Silva Pereira na noite da sexta (07) na saída de Montadas para Puxinanã.
Conforme ele, o crime foi de latrocínio cometido
por um adulto e um adolescente.
O adulto foi identificado como Júlio
Eduardo, o japa de 22 anos. Já o adolescente tem 17 anos.
Wemison se dirigia de moto à Puxinanã, com
uma mulher, quando foi abordado por dois assaltantes que atiraram no PM.
Danilo afirmou que as equipes do
GTE/Homicídios da Polícia Civil em Esperança identificaram a moto utilizada
pelos criminosos.
“Características dos assaltantes
também foram anotadas pelos policiais civis e militares que realizaram coletas
de imagens em circuitos de câmeras de segurança.”
O primeiro a ser identificado foi um
criminoso conhecido como “japa” que já havia sido preso duas vezes pela Polícia
Civil em Pocinhos.
“Nossas equipes, então, foram até a
residência desse primeiro identificado, ainda pela madrugada, para monitorá-lo,
mas depois soubemos que ele não estava no imóvel. Continuamos as diligências e
logo obtivemos informações do segundo envolvido, que é um adolescente de 17
anos de idade”.
Danilo Orengo explicou que os policiais do
GTE/Homicídios foram até a casa desse adolescente, no sábado, mas ele também
não estava no local.
“Conversamos com a mãe dele. Ela
estava bastante nervosa, disse já ter conhecimento de que o filho estava
envolvido em alguma coisa errada e reconheceu o jovem nas imagens que captamos
durante as investigações. Era o adolescente quem pilotava a moto utilizada no
crime”.
O grupo da PC soube de um galpão que os
alvos costumavam frequentar.
Lá, os investigadores apreenderam duas
motocicletas, sendo uma delas a utilizada no crime contra o sargento.
Um revólver calibre 38 também foi
apreendido no local.
“Tanto o Japa quanto o adolescente
haviam saído desse galpão cerca de uma hora antes da nossa chegada, por isso
que eles não foram encontrados em suas casas. Já tínhamos, então, a
identificação de dois suspeitos do crime, a moto utilizada no latrocínio e a
arma que também pode ter sido a usada para matar Wemison. Estávamos, pois,
robustecendo a materialidade do delito, sem a qual qualquer prisão não seria
possível”, afirmou Danilo.
Após análises feitas pelo CICC e a
Unintelpol/PCPB, a Polícia Civil fez contato com a Polícia Rodoviária Federal
para abordar os suspeitos na BR-230, à altura do município de Ingá.
A PRF e a PM montaram barreiras e
capturaram os alvos identificados pela Polícia Civil.
Por fim, Orengo acrescenta que na
delegacia, os dois investigados – o adolescente e o ‘Japa’ – acompanhados de
seus parentes e advogados, confessaram o crime que tirou a vida do policial
militar Wemison Silva.
O adolescente responderá pelos atos
infracionais semelhantes a latrocínio e associação criminosa, e ‘Japa’ – autor
do disparo contra o policial militar – foi autuado pelo crime de latrocínio,
associação criminosa e corrupção de menores.
“O terceiro integrante, preso pela
Polícia Civil ainda no galpão, não teve participação direta no latrocínio, mas
responderá pelos crimes de posse de arma de fogo, associação criminosa e
receptação dolosa”.
Durante a entrevista coletiva, além de Orengo,
participaram o coronel Gilberto Felipe (CPR1), tenente-coronel Araújo
(comandante do 15ºBPM), Emanoel Henrique (delegado) e Luíz Damázio (PRF).
(Por www.renatodiniz.com)
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