O delegado que investiga o caso da idosa que foi covardemente agredida por um motorista de aplicativo diz que, dependendo do laudo nos ferimentos o agressor pode responder por lesão corporal leve, grave ou gravíssima.
A pena para o crime varia de acordo com a
gravidade.
Maria de Fátima Silva Pires, de 68 anos,
fez exame de corpo de delito na tarde desta sexta-feira (31/01).
O resultado apontou lesões nas pernas e
braços e o perito solicitou exames complementares.
Maria de Fátima afirmou que sente dores e
que, em um hospital particular, foi apontada uma suspeita de fratura em uma
vértebra.
"A médica disse que eu estou
com traumatismo, dor no peito, dor nas costas, suspeita de uma fratura em
alguma vértebra oculta, que eu tenho que aguardar esses dias para ver como que
eu vou ficar."
O laudo do exame apontou, segundo o
delegado Vitor Becker, assiste da 12ª DP (Copacabana), uma lesão na coxa
direita e um arrancamento de pele no cotovelo direito.
"O perito foi expresso no
laudo, no sentido da necessidade de um exame complementar para verificar, por
exemplo, se as lesões produziram incapacidade para atividades habituais ou
alguma outra qualificadora".
Segundo o delegado, o laudo final será
determinante para a tipificação do crime ao qual o motorista vai responder.
"A depender do resultado desse
exame, esse fato que inicialmente era uma lesão [corporal] leve, pode se tornar
uma lesão grave e até gravíssima", disse o delegado.
VÍDEO MOSTRA A AGRESSÃO
Imagens das câmeras de segurança mostram
Maria de Fátima Silva Pires, de 68 anos, levando um chute nas costas logo
depois de passar pelo portão do condomínio onde mora, em Copacabana, na Zona
Sul do Rio
O caso aconteceu na quarta-feira (29).
Segundo a polícia, o motorista já foi
identificado, reconhecido pela vítima e será intimado a prestar
esclarecimentos.
A Uber lamentou o caso e disse ser
"inaceitável o uso de violência".
Informou ainda que o motorista foi banido
da plataforma.
BISCOITO NO BANCO MOTIVOU AGRESSÃO,
DIZ VÍTIMA
A idosa contou que estava voltando de uma
consulta médica para avaliar um quadro de pneumonia.
Na saída do consultório, chamou um carro
de aplicativo.
Ela disse que foi agredida porque estava
comendo um biscoito dentro do veículo.
“Eu vim comendo um biscoitinho.
Quando parou no prédio, ele disse assim para mim: 'Agora, você vai limpar o
banco'. Nisso, eu fiquei impactada e não respondi. Eu saí e o que que
aconteceu: ele correu atrás de mim, me deu um chute nas costas e me jogou no chão.
Eu já sou uma senhora e estou com meu lado direito comprometido, com muita dor”,
disse Maria de Fátima.
A idosa conta que foi socorrida pelo
porteiro do prédio, que viu o momento que o motorista aproveitou o portão
aberto e entrou no local.
NOTA DA UBER
"A Uber lamenta o caso e considera
inaceitável o uso de violência. A conta do motorista parceiro foi banida da
plataforma assim que a empresa tomou conhecimento do episódio. A Uber esclarece
que todas as viagens são cobertas por um seguro e está à disposição das
autoridades competentes para colaborar, nos termos da lei.
A empresa ressalta que conta com
uma equipe especializada que está sempre à disposição para colaborar com as
autoridades e um portal exclusivo para solicitação de dados no caso de
investigações ou processos de persecução criminal, que está disponível 24 horas
por dia, 7 dias por semana para processar as demandas, tudo isso respeitando as
leis de privacidade exigidas no País, em especial o Marco Civil da Internet."
(g1 RJ)
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