Governo da Paraíba, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), pretende ofertar ao longo de 2025 um total de 72 cirurgias de mastectomia masculinizadora, um serviço fundamental no processo de transição de gênero.
Como parte das ações planejadas para o
decorrer do ano, na manhã desta terça-feira (18/02), cerca de 50 homens trans
participaram de uma reunião que antecede as cirurgias, a fim de tirar dúvidas e
receber explicações sobre o procedimento.
O procedimento é ofertado pelo Sistema
Único de Saúde (SUS) no estado, por meio do programa Opera Paraíba, iniciativa
do Governo do Estado para agilizar as cirurgias eletivas e reduzir a fila de
espera dos pacientes.
A mastectomia masculinizadora é uma das
principais etapas do processo de transição de gênero para homens trans, e se
caracteriza pela remoção das glândulas mamárias.
O encontro aconteceu no auditório do
Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande, sob a condução dos gerentes
dos dois Ambulatórios de Saúde Integral para Travestis e Transexuais,
localizados em Campina e João Pessoa, Nicole Cavalcanti e Sérgio Araújo,
respectivamente.
Durante a reunião foi possível tirar
dúvidas a respeito do procedimento, como detalha Sérgio Araújo.
“Hoje nós vamos explicar como são os
preparativos, como é o pós-operatório, o que eles precisam levar no dia da
cirurgia, quem pode fazer, qual a idade mínima e quem são os profissionais que
vão fazer os atendimentos no pré-operatório”, esclareceu.
Ainda de acordo com Sérgio Araújo, 128
cirurgias de mastectomia já foram realizadas na Paraíba, que está entre os
principais estados do país promovendo saúde para pessoas trans.
As cirurgias vão acontecer no decorrer do
ano, e serão realizadas seis por mês, na Maternidade Frei Damião, em João
Pessoa.
O técnico de enfermagem Jey Oriente
participou do encontro e falou sobre a expectativa da mudança de vida após a
cirurgia.
“Essa cirurgia é a realização de um
sonho, e pra mim representa liberdade. Não é só estética, mas a nossa maneira
de viver, de pensar, de poder ser realmente quem a gente é depois desse
processo cirúrgico,” destacou.
A coordenadora de saúde integral da
população LGBTQIAPNP+, Fernanda Prudêncio, também participou do encontro e
enfatizou o avanço na saúde da população trans no estado.
“Esse momento representa o respeito
que o Governo da Paraíba tem com a população LGBT, e principalmente com a
população TT, reafirmando o compromisso do governo e da Secretaria de Estado da
Saúde na ampliação de serviços e cirurgias,” pontuou.
ATENDIMENTO
O Ambulatório para Travestis e Transexuais
atende as populações travestis, transexuais e não binárias, com equipe
multidisciplinar, que conta com psiquiatras, endocrinologistas, urologistas,
ginecologistas, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros e gerência
administrativa.
O serviço funciona no anexo do Hospital de
Trauma-CG de segunda a sexta-feira, das 7h às 16h.
Para abertura do prontuário, são
necessários os seguintes documentos: cópias do RG, CPF, comprovante de
residência, cartão do SUS e encaminhamento do Espaço LGBT de Campina Grande,
que funciona na Rua Dom Pedro I, 558, no Bairro São José.
Para garantir o acesso ao processo
transexualizador, o usuário deve ter idade mínima de 18 anos.
Em João Pessoa, os usuários podem agendar
sua consulta no próprio serviço ou por meio do telefone (83)3612-5099.
Os usuários também podem ligar para este
número para sanar dúvidas.
O Ambulatório TT funciona anexo ao
Complexo de Doenças Infectocontagiosas Dr Clementino Fraga, que está localizado
na Rua Estér Borges Bastos, sem número, no Bairro Jaguaribe.
(SECOM)
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