A Polícia Civil da Paraíba afirma que
identificou um bar suspeito de realizar o “bingo de mulheres”, na cidade de
Lagoa de Dentro, e ouviu testemunhas.
O caso foi denunciado publicamente por um
padre durante uma missa transmitida ao vivo no domingo (09/03).
Segundo a denúncia, mulheres seriam
sorteadas como prêmios.
De acordo com o delegado Sylvio Rabelo, um
dos proprietários do bar prestou depoimento e negou a irregularidade.
Rabelo afirmou que os donos do
estabelecimento são pai e filho, e que costumam receber mulheres envolvidas com
prostituição no local.
O padre Adauto Tavares, responsável pela
denúncia, também foi ouvido pela polícia na tarde desta quarta-feira (12).
Segundo o delegado, o padre descobriu o
bingo durante conversas informais com fiéis, após uma missa realizada em um
sítio próximo ao bar.
Outras testemunhas também serão ouvidas.
“Ele relatou que, como líder
religioso, tinha a obrigação de comunicar os fatos. Por isso, fez a denúncia
durante a missa dominical, e a Polícia Civil tomou conhecimento, iniciando as
investigações. De fato, existe um bar nesse sítio que estava promovendo esse
tipo de bingo", destacou o delegado.
O delegado afirmou que o estabelecimento
continua funcionando no município para o comércio de bebidas e petiscos, mas
que foi solicitada a suspensão das atividades relacionadas a jogos de azar e
outras supostas ilegalidades.
ENTENDA O CASO
O caso foi denunciado publicamente por um
padre durante missa transmitida ao vivo no domingo.
Segundo a denúncia, mulheres seriam os
prêmios nos sorteios.
A denúncia foi feita pelo padre da
Paróquia São Sebastião, Adauto Tavares, que mencionou o suposto esquema durante
a missa.
Ele afirmou que pessoas ligadas à igreja
estariam envolvidas e pediu que o caso fosse levado à Justiça.
O Ministério Público da Paraíba anunciou
na segunda-feira (10) que abriu um procedimento para apurar as denúncias.
No
dia seguinte, a Polícia Civil também afirmou que abriu um inquérito para
investigar as denúncias.
O Ministério Público da Paraíba já havia
informado que o primeiro passo da investigação seria ouvir o padre para obter
mais informações sobre os possíveis envolvidos e vítimas.
O órgão também reforçou que a Promotoria
de Jacaraú está aberta para receber novas denúncias.
O delegado Sylvio Rabelo explicou que o
caso pode envolver diferentes crimes, como corrupção de menores, favorecimento
à prostituição, aliciamento e comércio de seres humanos.
“Que violam inclusive os direitos
humanos”, acrescentou.
“Já estamos
tomando depoimento dos conselheiros tutelares e de pessoas da cidade. Estamos
marcando e ajustando o momento para que o pároco seja ouvido. Nós vamos
prosseguir com as investigações. São relatos graves. Nosso objetivo é chegar
aos autores”, afirmou o delegado Sylvio Rabelo.
(Do g1 PB)
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