Foi preso na manhã desta sexta-feira (07/03)
o médico Fernando Cunha Lima, de 81 anos, que é denunciado por estupro contra
crianças que eram suas pacientes.
O médico pediatra foi preso no Bairro do Janga, em Paulista, na Grande Recife, em Pernambuco.
Durante o período foragido, Cunha Lima
contava com uma rede de apoio para se manter escondido e continuar levando uma
vida de luxo.
Ele foi encontrado em um flat.
De acordo com as investigações, ele seguia
sua rotina normalmente, incluindo o consumo de cerveja e sorvete, enquanto
fugia da justiça.
O médico é réu por estupro desde agosto de
2024, quando a Justiça da Paraíba aceitou a primeira denúncia contra ele, mas
negou o pedido de prisão preventiva.
A decisão pela prisão veio em 5 de
novembro de 2024.
Neste mesmo dia, a Polícia Civil tentou
cumprir o mandado contra o acusado e não encontrou o acusado em casa.
Desde
então ele era considerado foragido.
Na quarta-feira (05), o Tribunal de
Justiça da Paraíba (TJPB) decretou mais um pedido de prisão preventiva contra o
médico pediatra Fernando Cunha Lima.
AS ACUSAÇÕES CONTRA O MÉDICO
A primeira denúncia formal de estupro de
vulnerável contra o pediatra Fernando Cunha Lima aconteceu no dia 25 de julho.
A mãe da criança, que estava no
consultório, disse em depoimento que viu o momento em que ele teria tocado as
partes íntimas da criança.
Ela informou que na ocasião imediatamente
retirou os dois filhos do local e foi prestar queixa na Delegacia de Polícia
Civil.
Após a primeira denúncia, uma série de
vítimas começaram a procurar a Polícia Civil, inclusive uma sobrinha do médico
em 1991.
O médico pediatra acusado de estuprar
crianças, em João Pessoa, atendia a maioria das vítimas desde bebês e tinha a
confiança das famílias.
Fernando Paredes Cunha Lima é um pediatra
famoso na capital paraibana e tinha uma clínica particular no bairro de
Tambauzinho.
O Ministério Público pediu a condenação do
acusado por quatro crimes cometidos contra três crianças, uma vez que uma das
vítimas foi abusada duas vezes.
Porém, o número de vítimas foi
recalculado.
O médico responde judicialmente por
estupro contra seis crianças.
Em um primeiro processo, são quatro vítimas, e em
um segundo, há mais duas.
Com a repercussão do caso, as sobrinhas do
médico também procuraram a polícia para denunciar que tinham sido abusadas por
ele na infância.
Desde o início das investigações, a
polícia e o Ministério Público estadual pediram a prisão dele em cinco
ocasiões, todas negadas.
Mas, em novembro de 2024, os desembargadores da Câmara
Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba decidiram acolher o recurso do MP de
forma unânime determinando a prisão dele pela primeira vez.
“A necessidade de impedir possível
reiteração delitiva justifica nesse momento e sob minha ótica, a decretação da
prisão preventiva, com respeito às demais entendimentos, para garantia da ordem
pública”, afirmou o desembargador Ricardo Vital.
(Do g1 PB e Blog do Maurílio Júnior)
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