*Crime foi praticado em setembro do ano
passado e está elucidado.
*Três CACs e um ex-presidiário foram
presos
Uma ação que envolveu policiais da
Delegacia de Roubos e Furtos de Campina Grande e policiais penais da
Penitenciária de Segurança Máxima resultou na apreensão de dois revólveres, algemas,
placas de veículos e o cano de uma “arma longa”.
O crime já tinha sido completamente elucidado com as prisões dos envolvidos.
Nesta sexta (28/02), com a colaboração de um dos acusados que se encontra preso, foi possível encontrar a armas de fogo e outros objetos utilizadas no sequestro.
“Desde o cometimento do crime, os artefatos permaneceram enterrados nesse imóvel, debaixo de um pé de azeitonas, de propriedade de outro acusado do bando”, esclareceu a DRF.
O processo criminal já se encontra na fase final, aguardando, tão somente, a sentença de mérito do juízo singular.
ENTENDA TUDO QUE ENVOLVE O SEQUESTRO...
A vítima sequestrada na noite de 08 de setembro quando chegava em casa no Bairro Santo Antônio, é um avicultor de 62 anos de idade.
Entre os dias 15 e 22 de setembro os PCs da DRF prenderam três CACs envolvidos com o crime, dois deles são irmãos.
Um resgate de 500 mil reais teria sido pago.
AS PRISÕES...
A primeira prisão ocorreu dia 15 de setembro...
“Foi possível observar também pelas imagens que junto a esse Jeep estaria também dando apoio um veículo Agile de cor vermelha (que foi a partir desse Agile que toda a investigação começou a acontecer. Uma vez que o Jeep estava com a placa clonada e o Agile estava registrado em nome de um cidadão de 36 anos, aqui da cidade de Campina Grande, que por sinal já foi alvo da Polícia Federal o ano passado, tendo sido preso por organização criminosa por tráfico de drogas e vendas de armas de fogo de forma ilegal);
Foi representado pela Prisão Preventiva e Busca na residência do homem e foi efetuado o cumprimento desse Mandado, assim como foi apreendido o material de armamento e munições e acessórios na casa dele;
Ele já estava com o direito de ter essas armas, caçado (não poderia estar com elas)”.
O primeiro homem preso negou envolvimento.
“Em relação ao envolvimento, ele nega toda a participação, inclusive o veículo de Agile de cor vermelha (que foi aprendido) diz que não era o veículo dele, porém tem características muito específicas no veículo que são percebidas na imagem, como farol, placa, algumas falhas que tem no veículo, então todas são percebidas nas imagens, o que confirma a participação do veículo registrado em nome dele;
E em relação ao material, ele alega que, apesar dessa restrição de direito (pela ação da Polícia Federal), teria recorrido por meio dos seus advogados essa decisão, e por isso esse material está em seu poder”.
Em princípio as acusações contra o homem são de extorsão mediante sequestro e pela posse de armas.
A segunda prisão ocorreu dia 17 de setembro...
O homem preso tem 54 anos e é o dono da granja (que serviu como cativeiro) onde o empresário passou cerca de 20 horas amordaçado, amarrado e ameaçado pelos sequestradores.
O homem foi preso no Bairro Cruzeiro, em Campina Grande.
A DRF recolheu facas de caça e outros materiais.
O homem também negou envolvimento.
“A partir dessas novas investigações foi possível identificar o local do cativeiro (uma propriedade rural na área de Lagoa Seca) e a partir então verificamos quem seria o seu proprietário;
Verificamos o sistema de internet e fizemos uma breve análise eletrônica (uma vez que foi tudo muito rápido) e chegamos a esse indivíduo de 54 anos que foi preso na tarde de ontem (acusado de participação, também, nessa organização criminosa);
Foi possível verificar pela oitiva (pelo interrogatório do próprio preso) que ele tem uma relação de mais de dez anos com o primeiro preso no último domingo e ele também CAC que ele tem registro de armas, inclusive, ele tem registrado em nome dele um rifle 22 e uma pistola;
Ontem foi dado também cumprimento a três Mandados de Busca e essas armas elas não foram localizadas (uma vez que ele tem esse registro, como registro é de posse, as armas deveriam estar no endereço registrado) e, uma vez que elas não foram localizadas, ele também foi autuado em flagrante pela ocultação de arma de fogo de uso permitido”.
“As diligências foram realizadas pelas equipes de investigadores, uma vez que desde a data do fato fazíamos uma varredura no local, juntamente com a equipe da Seccional de Esperança;
Foi utilizado drones e os equipamentos para poder fazer o levantamento aéreo do local;
Os investigadores, diante das características repassadas pela vítima, conseguiram identificar essa propriedade rural e a vítima foi levada novamente ao local e confirmou com 100% de certeza que era aquele local onde ela se encontrava, inclusive ela conseguiu identificar pontos específicos, situações específicas, o colchão, algumas cerâmicas, alguns pontos daquele cômodo em que ficou durante 20 horas nas mãos dos criminosos”.
A terceira prisão ocorreu dia 22 de setembro...
Policiais da Delegacia de Roubos e Furtos de Campina Grande prenderam no Bairro Bodocongó o terceiro envolvido no sequestro e extorsão de um empresário avicultor, de 62 anos.
Além da Prisão Preventiva, os PCs cumpriram um Mandado de Busca.
Ele tem 32 anos de idade e é irmão do primeiro envolvido (de 36 anos) que foi preso no dia 15.
A DRF apreendeu duas pistolas Taurus, uma “380” e “9mm”.
Um carro também foi apreendido, um veículo Fiat Siena de cor branca utilizado pelo bando para pegar o dinheiro do resgate pelo sequestro do empresário.
A quarta prisão em 14 de novembro...
No dia 14 de novembro uma mulher de 25 anos de idade foi presa pelos PCs da Delegacia de Roubos e Furtos.
Ela foi quarta pessoa presa investigada no crime, antes a DRF já havia prendido três CACs envolvidos com o sequestro e extorsão.
Dois deles são irmãos.
Informações obtidas pelo www.renatodiniz.com são de que no curto período em que o empresário ficou encarcerado numa chácara entre Lagoa de Roça e Lagoa Seca, “o companheiro da mulher pegou o cartão de crédito do empresário (não achando suficiente o pagamento do resgate) e deu esse cartão para a mulher fazer compras (fazer feira, comprar fralda, porque ela estava grávida), e a gente a identificou numa imagem de uma farmácia, ela comprando fraldas no cartão do empresário, que estava ainda estava sequestrado”.
Última prisão...
No dia 06 de janeiro policiais da Delegacia de Roubos e Furtos prenderam mais um acusado.
Ele é o quinto preso envolvido no caso (levando em consideração a prisão da mulher).
O acusado tem 20 anos, foi preso no Bairro de Bodocongó e, conforme a DRF, dirigia o Jeep Renegate e foi ele que realizou a abordagem ao empresário.
O acusado afirmou, segundo a PC, que “ficou com 20 mil reais” e usou o cartão de crédito da vítima.
O PAGAMENTO DO RESGATE...
Conforme a DRF, os sequestradores pediram “50 milhões de reais” para liberar a vítima, no entanto não foi esse o valor pago aos criminosos.
O valor total pago foi de “500 mil reais” em espécie, sendo um montante de “100 mil reais” e outro montante de “400 mil reais”.
O pagamento foi realizado duas vezes a mesma pessoa na madrugada da segunda (09) em frente ao Hospital de Trauma, porém esses detalhes ainda não foram confirmados pelo DRF.
Sobre esse pagamento a polícia disse que “a entrega do resgate foi desde a data, de fato, entre o dia 8 e o dia 9. Foi feita a entrega de uma quantia considerável que não foi divulgada. Esse valor foi pago em espécie. Foi mantido contato com o filho da vítima e, após a entrega do segundo resgate, a vítima foi liberada na condição de que a família conseguisse o restante do valor exigido”.
Vale salientar que a Polícia só tomou conhecimento do crime após os pagamentos.
O boletim foi registrado no dia seguinte.
O caso foi investigado pelos delegados Demétrius Patrício, Elizabeth Beckman e equipes da DRF.
(Por www.renatodiniz.com)
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