Na manhã desta sexta-feira (11/04) a Polícia Federal cumpriu um Mandado de Busca e Apreensão na cidade de Pocinhos, no Agreste da Paraíba, numa operação com o objetivo de reprimir atos preparatórios de terrorismo e incitação ao ódio praticados no ambiente digital (redes sociais).
A operação foi intitulada de “Leviatã”.A PF esteve na casa de um estudante de Biologia da Universidade Estadual da Paraíba.
Ele tem 19 anos de idade.
Conforme a Polícia Federal, as apurações tiveram início no ano passado a partir de relatório encaminhado pelo FBI (Polícia Federal Americana), que indicou a existência de comunicações contendo discursos de ódio e adesão a ideologias extremistas, com motivações raciais e étnicas.
O conteúdo analisado revela a predisposição do investigado para a prática de atos violentos e reforça seu alinhamento com ideologias de intolerância.
Do estudante foram apreendidos o celular, mídias e dispositivos de armazenamento de dados, bem como vestes em que ele aparece num vídeo (que circula nas redes sociais) colando cartazes de cunho preconceituoso em áreas de circulação de estudantes da universidade.
A UEPB, inclusive, chegou a emitir uma nota de repúdio, no qual manifestou seu repúdio veemente a "quaisquer condutas praticadas em suas dependências que façam apologia ao fascismo, ao autoritarismo ou a ideologias que atentem contra os valores democráticos e os direitos fundamentais”.
Existe a indicação também de que o estudante pode ser o autor de pichações e cartazes dentro da UEPB.
Ainda, segundo a PF, as investigações revelaram a existência de mensagens trocadas na internet entre o estudante e outras pessoas no exterior.
São indícios concretos que mostraram um planejamento à prática de atos violentos.
O estudante vai ser ouvido nos próximos dias.
NOME DA OPERAÇÃO, CONFORME A PF
“A denominação da Operação Leviatã remete ao emblemático conceito filosófico consagrado por Thomas Hobbes, que representa a personificação do Estado, incumbido de preservar a ordem e garantir a segurança coletiva.
A escolha do nome não é meramente simbólica, mas reflete a atuação coordenada das instituições públicas diante de contextos de ameaça concreta à estabilidade social, como o extremismo violento e as tentativas de subversão da paz pública por meio de práticas antidemocráticas e discursos de ódio”.
(Por www.renatodiniz.com PF)
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