O governo federal anunciou neste mês novas
regras para o programa Minha Casa, Minha Vida.
O novo modelo inclui a ampliação do
financiamento habitacional para famílias com renda de até “12 mil reais”.
Essas famílias vão compor a chamada
"Faixa 4" do programa e, segundo o governo, terão acesso a juros
menores que os praticados atualmente no mercado.
A nova faixa deve começar a valer na
primeira quinzena de maio – a data exata ainda não foi informada.
As regras foram aprovadas nesta
terça-feira (15/04) pelo Conselho Curador do FGTS.
FAIXA 4
A nova faixa do Minha Casa, Minha Vida
será voltada para famílias que têm renda mensal entre R$ 8,6 mil e R$ 12 mil.
Essas famílias poderão financiar imóveis
que tenham um valor total de até “500 mil reais”.
Entre as condições já anunciadas,
estão:
*financiamento de até 420 meses (35
anos)
*taxa de juros de 10% ao ano,
abaixo das taxas atuais de mercado (acima de 11,5% ao ano)
*sem subsídio do governo – ou seja,
a família paga o valor integral do imóvel
A medida, segundo o governo, representará
um potencial de atendimento inicial a 120 mil novas famílias.
Esse é um novo aceno do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) à classe média, um ano antes das eleições
presidenciais marcadas para 2026.
AJUSTE DAS OUTRAS FAIXAS
O Conselho do FGTS também aprovou nesta
terça-feira (15) o reajuste no teto da renda familiar para as faixas do Minha
Casa, Minha Vida.
Faixa 1: famílias com
renda de até R$ 2.850 mensais (eram R$ 2.640);
Faixa 2: famílias com
renda de até R$ 4,7 mil mensais (eram R$ 4,4 mil);
Faixa 3: famílias com
renda de até R$ 8,6 mil mensais (eram R$ 8 mil).
De acordo com o Ministério das Cidades,
100 mil famílias serão beneficiadas com a mudança nos limites das faixas de
renda.
Segundo o governo, essas faixas de renda
não consideram pagamentos de auxílio-doença, auxílio-acidente,
seguro-desemprego, Benefício de Prestação Continuada (BPC) e Bolsa Família.
Quem recebe BPC e Bolsa Família, aliás,
não precisa nem pagar prestações.
O imóvel do Minha Casa, Minha Vida é 100%
subsidiado pelo governo.
NOVAS REGRAS PARA O INTERIOR DO
PAÍS
O Conselho do FGTS também deu permissão
para o governo ajustar o valor máximo dos imóveis a serem financiados em
municípios de até 100 mil habitantes.
A ideia é ajudar a
"interiorizar" os investimentos do FGTS no financiamento
habitacional.
Nesses locais, os novos limites serão de
R$ 210 mil a R$ 230 mil – um aumento de 11% a 16% em relação aos valores
atuais.
As mudanças também incluem um ajuste para
permitir que famílias com renda de até R$ 4,7 mil (hoje, nas faixas de renda 1
e 2) possam adquirir imóveis com teto de financiamento da Faixa 3, com teto de
R$ 350 mil.
De acordo com a decisão, isso poderá ser
feito, mas o financiamento terá as condições da Faixa 3:
*juros entre 7,66% e 8,16% ao ano
*sem acesso a descontos
(g1)
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